quarta-feira, 6 de março de 2013

Julgar

"Julgar é considerar que as pessoas poderiam ser diferentes do que são. É pensar que poderiam ser de outra forma, mais aceitável para ti. É querer que as pessoas caibam nas tuas expectativas para não teres de sair do teu círculo de conforto. Julgar é achar que o céu se enganou quando colocou essa pessoa supostamente desagradável à tua frente. É negar que a podes ter atraído. Recusar a possibilidade de a teres atraído para compreenderes melhor a energia que andas a emanar, e consequentemente recusar a possibilidade de seres tu quem tem de mudar – para parar de atrair. Julgar é negar o movimento perfeito do céu, da energia, da imensidão do tempo e do espaço. Julgar é considerar que o teu pequenino ego sabe tudo, inclusive sabe o que deveria estar a acontecer, e por isso renega o que está a acontecer. Como vês, julgar é um dos maiores contramovimentos evolucionários. E tu, porque é que continuas nesse registo?" Não é meu o texto mas "falou muito comigo", digamos assim...... Até já...

sábado, 19 de janeiro de 2013

As borboletas.....

"O segredo não é correr atrás das borboletas mas sim cuidar do jardim para que elas voltem!" Andamos demasiadas vezes ocupados a procurar borboletas, demasiadas outras vezes preocupados em agradar às borboletas e, outras vezes ainda, a manter a ideia de ter borboletas. Mas esquecemo-nos do fundamental: as borboletas precisam de voar, as borboletas já foram tempo de mais casulo e lagarta e, como tal, já estiveram demasiado tempo enclausuradas e "presas"... Ao metamorfosear-se cada borboleta experimenta a sensação de ver o chão que conhecia de perto lá do alto onde agora voa e isso confere-lhe uma nova dimensão do espaço que até então trilhava de perto... Por isso, prendê-las na altura em que aprendem a saber voar??? Ah, quão errados estamos.... O segredo é esperar... Se elas tiverem gostado o suficiente do nosso jardim elas voltam.... O que acontece, por vezes? Vamos acreditando que devemos colecionar borboletas e quando aquela especial regressa o espaço dela está ocupado. O que é que isso significa? Que não era nossa, que não pertencia ao nosso jardim. Por isso, mais do que "contar" borboletas devemos apenas admirá-las na sua passagem por nós, guardar o que é bom de guardar e....deixá-las livres... As borboletas são como nós, gostam de saber que, independentemente da fase em que estão, podem aprecias as condições inerentes a cada uma delas, exponenciando o melhor de cada uma delas e no fim saber que podem regressar a casa, recuperar aquele doce sabor de um "regresso a casa"... Cada vez mais, mais do que correr atrás das borboletas, tenho andado ocupada com o meu jardim... Havia tanto a cuidar, a manter, a melhorar.... E hoje sei que, independentemente da borboleta, o jardim é lindo! Até já.....

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Step by step....

Parece que é desta que retomo a incontinência (i)literária como forma de canalização entre alguns degraus que de tanto subir e descer me parece precisarem de um patamar pelo meio... Não haverá nenhuma cadência neste ato de expressão, apenas a pontualidade com que houver necessidade de me reorganizar hierarquicamente no "ascender" ou no "descer" níveis... Hoje começo por baixo, mas com aquela clara convição de que "a única altura em que um Homem pode olhar outro de cima para baixo é para ajudá-lo a subir.". Começar por baixo significa tão somente que já me enraizei no mantra de que mais importante do que ter é ser... e eu sou! Sou em coerÊncia com o que digo e com o que faço e não mais um ser que vai sendo... Há bem pouco tempo comecei a subir a medo, quais primeiros passos de bebé, a enorme escadaria de que já tinha caído do alto e, vendo-a cá de baixo parecia-me inalcançável....Não há inalcançáveis.... há "intentáveis".... E cada vez mais, pelos mais diversos motivos, as pessoas desistem de tentar... Se é uma forma de fraqueza, de proteção, de prevenção? Não sei. É uma forma. Como outra qualquer. Como tentar. Como acertar. Como errar. Mas, acima de tudo, como só sabendo no fim.... Por isso, que ninguém que já está no topo olhe para mim com cara de que a sua felicidade é maior do que a minha pois a minha consistirá no pequeno centímetro que conseguir desinerciar e assumir como reconquistado e chegue onde chegar levo comigo aquele estandarte que só consegue elevar quem não tem medo de subir sozinho de onde já se caiu acompanhado porque o topo, esse, nem sempre é lá no alto mas quase sempre no doce sabor de vermos que as quedas ÀS vezes nos reoxigenam o suficiente para depois podermos apreciar melhor a paisagem À medida que subimos.... Até já....

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Tudo serve..

Depois de 2012 ter passado quase imaculado na escrita não sei ainda ao certo se é altura de retomar mas.... hoje li este texto e é incontornável a minha identificação nele.... Por isso, fica a partilha... Até já... "Tudo serve para trabalhares. Tudo serve para, ao ires ao âmago das questões, ao ires ao âmago da emoção que essas questões te provocam, libertares mais e mais densidade, libertares mais e mais karma. Vocês são objectos de memória. Vocês são seres praticamente isentos de presente. Têm 80% de passado e 20% de medo de ir a esse passado, projectando tudo no futuro. «Eu vou fazer.» «Eu vou conseguir.» São expressões típicas de quem projecta no futuro todas as suas esperanças, não percebendo que o futuro é feito das escolhas que fizeres hoje. E para poderes fazer escolhas hoje, deverás estar sintonizado no agora, sabendo responder aos impulsos que o agora te traz, no intuito de libertar densidade. E só libertando densidade hoje é que estarás limpo para fazer as escolhas hoje que irão, por sua vez, construir um amanhã melhor. Tudo serve para trabalhares o agora. Tudo o que te acontece, absolutamente tudo. Se tropeças na escada, se um filho ou um parente te provoca até à exaustão, tudo serve para identificares o que sentes. E nesse minuto em que estiveres atento ao que sentes, considera que essa emoção é uma memória de uma vida passada em que estiveste numa situação idêntica. E chama o tubo de luz para aspirar essa densidade do teu peito. Só. Esta é uma mecânica. Agora cabe a ti escolher onde utilizá-la. Eu digo que é sempre. A qualquer hora, em qualquer lugar. Sempre que alguém ou alguma coisa te picarem, te fizerem sentir algo desagradável. Esta é a mecânica. Usa-a. "

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Sóbria....

O meu nome é Natália e estou sóbria há.... o que importa o tempo?
Importa os olhos com que olhamos para tudo como se fosse a primeira vez e a força com que dizemos: "Não quero mais beber deste copo!" Por copo não poderá ser-se literal e apenas encarar como se de um inebriamento físico esta postagem fizesse referência.
Pelo contrário... Porque uma ressaca química facilmente passa no dia seguinte, com mais ou menos comprometimentos no nosso estado anímico e capacidade de reação mas não nos tolda tanto a capacidade de nos mantermos sóbrios do que quando a "bebedeira" é espiritual...
Tragamos diariamente várioas cálices e alguns conseguimos logo com toda a lucidez dizer que não gostamos do sabor, que não queremos repetir. Contudo, existem aqueles que não tendo sabor adocicado não conseguimos evitar que nos contagiem com a sua força e peçam para ser repetidos. E nós que sabemos que não nos faz bem? E nós que os bebemos em consciência de que não o devíamos fazer ? Onde está a nossa capacidade de sobriedade e a suposta racionalidade que nos distingue dos animais?
Mas exatamente porque de animais nos tratamos há "néctares" que precisamos de beber até cansar, há "licores" que precisamos de enjoar, há "vinhos" que só deixamos de gostar quando já tanto nos amargam a boca... Até lá, tudo sabe bem, tudo parece ser harmonioso para com a nossa vontade de sorver cada gota como se fosse a última.
Mas... o espírito também se cansa e a alma, por vezes, precisa de provar novos sabores para perceber que afinal os anteriores não nos faziam falta, apenas nos tinham causado habituação...
Lentamente, comecei a notar que a pior intoxicação não é a desses sabores mas a da ideia que nós construimos deles e que essa sim causa a sensação de dependência, necessidade, vício... e é exatamente aí que este texto mantém a coerência da primeira à última linha, sabendo que na sobriedade não importa o tempo mas sim cada novo dia, o reciclar de um pensamento assertivo de negação para algo que não nos faz bem e do qual nos podemos desintoxicar.
O meu nome é Natália e não, não escrevi sobre quaisquer bebidas alcoólicas a que estivesse presa mas sim sobre tudo aquilo que fui permitindo que me inebriasse ao ponto de não pensar primeiro em mim mas sim na necessidade de alimentar esses hábitos. Mas nada como trocar um "vício" por outro, um gosto por outro e eis que tenho vindo a fazer isso, sendo que a majoração do consumo tem sido em energias cármicas, capazes de dissecar a "ressaca" no efeito de placebo que todas essas "substâncias" já estavam a ter na minha vida...
Até já....

domingo, 22 de janeiro de 2012

Luzes, câmara, ação!!!!

Ainda não havia inaugurado o novo ano aqui no blogue, mas foi uma decisão deliberada e não apenas pela azáfama em que tenho estado embriagada. Foi com toda a sobriedade que não fiz nenhum balanço de final de ano e mais lúcida ainda que também não esbocei nenhuma linha orientadora para 2012...
Pragmaticamente, o guião já está feito há muito e vem sido adiada a escolha das personagens e do soltar do grito de ordem: "Luzes, câmara, ação!"... Escrevi com tenuidade alguns esboços da caraterização necessária mas, qual constante da vida, as surpresas vão surgindo e nem sempre nos conduzem a um ensaio geral mas, por vezes, a uma rebuscagem de episódios já vistos e cujo final já conhecemos tão bem...
A vida, encarada como simples soma das partes, é uma peça de teatro em que o direto é a dinâmica e os imprevistos conferem riqueza aos intervenientes mas nem todos os dias e nem todos os seres conseguem assumir a imprevisibilidade como ponto de partida ou de chegada e são toldados pela incapacidade de aplaudir as pequenas vitórias e as grandes derrotas como pontos de partida para novos capítulos...
Por certo nenhum ser é capaz de encarar a vida só como comédia, só como drama, só como suspense, só como thriller.... É necessário que todos os géneros nos pertençam e enriqueçam a nossa personagem e cenários para que pela experimentação sejamos capazes de nos identificar e enriquecer enquanto atores deste processo.
De momento, pauta-me a sensação de que preciso apenas de rir, chorar, aplaudir, gritar, amar, "desgostar", viver...tudo com a intensidade de um direto mas assumido como se permitisse ensaios e o fosse fazer muitas e muitas vezes, porém nunca sabendo quando é a última...
Mesmo sem ser sob as luzes da ribalta sinto que o pano abriu e eu abracei o palco com a necessidade de experimentar narrar-me e representar-me, mesmo sem espreitar se o público estava pronto ou as luzes meticulosamente prontas para captarem todos os movimentos... E aos que me assistem não garanto um espetáculo hilariante, coeso ou bem estruturado... apenas EU!
Até já...

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Eu, tu,....nós..... eles.

Depois de várias missões que não sei se me ensinaram tudo o que eu poderia reter ou, por outra, se eu tive capacidade para assimilar as lições que devia, um pensamento emergiu em força na minha mente: até a conjugação de verbos começa pela primeira pessoa do singular:EU, só mais à frente surge o TU e o ELES é mesmo a última pessoa gramatical. Porquê??? Parece-me evidente que reflete fielmente a maneira como vivemos:primeiro eu! Não é que me choque esta ideia se tida com conta, peso e medida e não levada ao extremo que cada um confortavelmente passou a adotar como forma de vida...
Estranhamente, não sinto falta de pensar mais em mim pois sempre me senti bem com o "nós" no sentido humanitário, considerando-me parte de um mundo que, ao desejar ideal, acabo por querer também o melhor para mim.
Mas não faço... mas não sou... Mas erro... Mas magoo... Mas parece que as lições nunca são suficientes... E nem mesmo se fossem em castelhano... espanhol....ou whatever... porque parece que até nessa língua sou cruel....
Por isso, enquanto não chego a um "nós" em que eu saiba respeitar o "tu" terei que aprender a educar o "eu"... ´
Até já....