quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Eu, tu,....nós..... eles.

Depois de várias missões que não sei se me ensinaram tudo o que eu poderia reter ou, por outra, se eu tive capacidade para assimilar as lições que devia, um pensamento emergiu em força na minha mente: até a conjugação de verbos começa pela primeira pessoa do singular:EU, só mais à frente surge o TU e o ELES é mesmo a última pessoa gramatical. Porquê??? Parece-me evidente que reflete fielmente a maneira como vivemos:primeiro eu! Não é que me choque esta ideia se tida com conta, peso e medida e não levada ao extremo que cada um confortavelmente passou a adotar como forma de vida...
Estranhamente, não sinto falta de pensar mais em mim pois sempre me senti bem com o "nós" no sentido humanitário, considerando-me parte de um mundo que, ao desejar ideal, acabo por querer também o melhor para mim.
Mas não faço... mas não sou... Mas erro... Mas magoo... Mas parece que as lições nunca são suficientes... E nem mesmo se fossem em castelhano... espanhol....ou whatever... porque parece que até nessa língua sou cruel....
Por isso, enquanto não chego a um "nós" em que eu saiba respeitar o "tu" terei que aprender a educar o "eu"... ´
Até já....

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Liberta-te.....

Somos responsáveis pelo que temos mas também pelo que não temos... Estranhamente raras vezes paramos para pensar que se ainda não atingimos alguns patamares é porque não estamos a permitir que as energias necessárias para lá chegarmos sejam ativadas. Elas existem mas não as estamos a deixar fluir por nos concentrarmos demais naquelas que nos fizeram perder algo... E se não tivermos perdido? E se apenas tiver mudado de sítio? É que não existem energias más, apenas forças que agem por secções... Mas a sensação de "deixar de ter" é sempre complicada de gerir, aflitiva até em certa medida até a conseguirmos segmentar em todos os items que isso irá renovar em nós.
Somos responsáveis pelas lágrimas que choramos mas também por aquelas que fazemos chorar. Mas entre umas e outras todas elas servem certamente para purificar... E quantos de nós ousam assumir que às vezes só estamos a ajudar os outros provocando-lhes essa catarse? Parece cobardia ou egoísmo dizer que nos sentimos aliviados por termos conseguido que alguém chorasse mas acredito hoje tratar-se apenas de um dos maiores degraus para conduzirmos alguém a um nível acima, a um espaço na alma capaz de agora acolher novas sensações que até então não conseguia pois esse espaço estava ocupado pelas lágrimas que não se derramavam. Às vezes é mesmo preciso reciclar os espaços em nós, permitir que se troquem as emoções para percebermos que a liberdade de escolher as dinâmicas que queremos que nos povoem e preencham como seres é nossa e que dela surgirão sempre novos domínios de nós.
Hoje acredito que não terei conseguido com as palavras certas fazer-te acreditar que sei que algo melhor e maior te está guardado e que eu fui apenas ponte para chegar lá mas....que recebas essa mensagem no silêncio do que nunca te direi mas que sempre acreditarei... Liberta-te...O Mundo é só o começo!
Até já

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Simples,não?

As coisas simples da vida conseguem, quase sempre, que me sinta plenamente feliz. Porém, a simplicidade parece não ser fácil de conseguir e menos ainda de manter. Vivemos tempo demais presos à ideia de que para alcançarmos uma plenitude temos que ser mais e melhor mas no fundo para ser grande basta ser inteiro... Mais tempo ainda perdemos a acreditar que para sermos inteiros temos que ter alguém que nos complemente... É falaciosa esta forma de pensar que tanto oprime a identidade própria, a vinculação de valores, a enraização de projetos e a posta em prática dos nossos recursos físicos e humanos para sermos cada vez mais simples...
Gosto tanto das coisas simples que até se torna complicado... dançar à chuva, andar descalço, comer a parte do meio das torradas... Simples, não?
Porque tendemos a complicar os nossos mais pequenos desejos e dar-lhes uma dimensão incomensurável que às vezes nem cabe em nós? As coisas devem ter a dimensão que têm. Nada mais que isso...
Até já...