segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

2010...

... não me posso esquecer que metade do caminho é escolhido por nós e que o resto acaba por ser consequência das escolhas... Por isso vou canalizar o q tinha idealizado para este ano para o próximo.
Um dia chego lá...
Até já...

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Diz que é uma espécie de Natal...




Sei que deixo passar um pouco a imagem de que sou anti-Natal... não o considero assim... sou anti-hipocrisia, apesar de saber que ela existe o ano inteiro e eu própria acabo por cair na rede mas nesta época esse parece ser um denominador mais comum a toda a gente...
sou contra comprarmos presentes só porque fica bem, pois às pessoas que amo tenho um ano inteiro para dar prendas, materiais ou em espírito e que não tenho forçosamente que revestir de um embrulho meticulosamente feito...
Sou contra famílias que não se falam um ano inteiro e manda a tradição que jantem à mesma mesa e que muitas vezes nem o doce das filhós substitui o amargo ambiente...
Sou contra as instituições que se aproveitam desta época, contra os saldos que só chegam no dia seguinte ao Natal, contra o sistema, no fundo...
Fui criada numa família com tradição católica, portanto até devia encarar a época com o devido simbolismo mas, talvez exactamente por isso, sou contra! Sempre me foi transmitido que o Natal não é isto e nunca fui incentivada a trocar presentes porque é Natal... E acho que ainda assim muito vou eu tentando gerir esta minha forma de pensar com o que efectivamente deixo passar para quem me vê porque por eu ser contra não tenho o direito de "cortar" a forma vibrante com que cada um se dedique a esta quadra.
Acabo por assinalar a data dando alguns miminhos aos que estimo, para as crianças transmito-lhes a magia que a época contém porque elas não têm culpa de os adultos se terem esquecido do que é o Natal e não podem faltar os postais de agradecimento aos hospitais, porque eternamente lhes sou grata e visito-os sempre que passo perto mas assinalo esta data com o envio de umas palavras mais direccionadas.
De resto, diz que é uma espécie de Natal e por isso achei que me ficava bem editar um postal no qual a minha mensagem expressa exactamente os meus melhores votos para os que acreditam e para os que não acreditam...

Até já...

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Gostar-te....

Hoje escrevo como se falasse olhos nos olhos... Adoro-te... Por tudo, por nada, porque são os únicos dois motivos que explicam a coerência do que move este sentimento. Por tudo, pelo que és, como és, no que és, com qualidades e defeitos que fazem de ti um ser humano real, idêntico a todos os outros milhões que habitam a Terra, mas único para mim. Por nada, porque não é preciso distinguir uma só razão que me fez possuir este dom, além de uma muito simples: conhecer-te... Porque ao conhecer-te cada dia se tornou uma certeza de que posso ter perdido mas que onde já se eternizou, nada apaga... Perdi... Um tesouro direi, porque assim considero quem ganha este estatuto na minha vida, uma força maior, uma razão de lutar....
perder é às vezes mais uma maneira de sobrevalorizar quem nos acompanhou, quem nos marcou, quem nos fez desejar que "Um dia" fossem todos os dias.... Mas não reciclo o que sinto... Por hora, sei que ainda me agarro a cada pedaço que ficou e tento juntar as peças como se o culminar fosse um puzzle com o resultado final de um sorriso. E sorrio tantas vezes ao pensar em ti que quase seria ridículo não pensar.... Afinal, sorrir foi algo que consegui muitas vezes a teu lado e às vezes mesmo só por tudo e por nada...
Gostar-te,pode não ser fácil, mas é sincero, é intenso, é o que me torna mais humana e que quero fazer enquanto tiver forças,mesmo q saiba q não posso sonhar... Mas continuo a não querer lutar contra mim porque gostar-te é a certeza de que és simplesmente "O dia"....
Até já....

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Até já :s

O meu céu ganhou mais uma estrela... Um homem que do que aprendi a admirar-lhe ao longo de muitos anos tinha uma grande admiração por este senhor e este poema. Por isso, como sinal da minha admiração por ti, recebe estas palavras como agradecimento de todas as recordações e lições...

Pedra Filosofal
Manuel Freire
Composição: António Gedeão
Eles não sabem que o sonho
É uma constante da vida
Tão concreta e definida
Como outra coisa qualquer

Como esta pedra cinzenta
Em que me sento e descanso
Como este ribeiro manso
Em serenos sobressaltos

Como estes pinheiros altos
Que em verde e oiro se agitam
Como estas aves que gritam
Em bebedeiras de azul

Eles não sabem que sonho
É vinho, é espuma, é fermento
Bichinho alacre e sedento
De focinho pontiagudo
Em perpétuo movimento

Eles não sabem que o sonho
É tela, é cor, é pincel
Base, fuste ou capitel
Arco em ogiva, vitral,
Pináculo de catedral,
Contraponto, sinfonia,
Máscara grega, magia,
Que é retorta de alquimista

Mapa do mundo distante
Rosa dos ventos, infante
Caravela quinhentista
Que é cabo da boa-esperança

Ouro, canela, marfim
Florete de espadachim
Bastidor, passo de dança
Columbina e arlequim

Passarola voadora
Pára-raios, locomotiva
Barco de proa festiva
Alto-forno, geradora

Cisão do átomo, radar
Ultra-som, televisão
Desembarque em foguetão
Na superfície lunar

Eles não sabem nem sonham
Que o sonho comanda a vida
E que sempre que o homem sonha
O mundo pula e avança
Como bola colorida
Entre as mãos duma criança

Até já, avô... :s

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

O Ascendente em peixes....

Ando absorta desde que descobri que sou das poucas pessoas à face da Terra que não tem (ou não tinha) a mínima noção de como os astros realmente conseguem dizer tanto sobre nós... Confesso, sou puramente leiga em horóscopos, nunca acreditei na "Dica da semana", nunca tão pouco me dei ao trabalho de decorar os signos do zodíaco por sequência de meses... Até que um belo dia,ou por outra, uma noite como outra qualquer, me perguntam:"Qual é o teu signo?"; "Aquário". "E o ascendente?" Ui..... já estivemos a falar melhor e sei que sou aquário porque já o repito há alguns anos mas de resto não tenho qualquer conhecimento sobre influências ou tendências astrais... Vai-se a ver a rapariga não estava a perguntar ao acaso....Afinal, ela tinha "só" conhecimentos mais profundos que eu sabia (no fundo eu tinha-a conhecido meia hora antes) e rapidamente chegou ao meu ascendente e traçou o meu mapa astral. Até aqui podia não me ter impressionado, no fundo um conjunto de linhas qualquer pessoa desenha, mais ainda se souber q a outra pessoa (eu,neste caso) nada, mas mesmo nada entende do que ali está.... chocou-me quando em meia dúzia de "rabiscos" ela me conheceu melhor do que pessoas q me acompanham desde o berço ou até q eu própria... Não, não perguntei futuro :D Esse nunca quis nem quero saber porque continuo a ser coerente com o meu princípio de que nada acontece por acaso. Mas passado e presente foram-me expostos tão claramente que de certo modo me incomodou alguém conseguir "ler-me" tão bem e tornar tão nítido aos meus olhos aquilo que tantas vezes tento enevoar, não sei se para parecer menos real, se apenas para mais ninguém conseguir ler.... Mas está explicado: o ascendente é Peixes e é isso que gera os conflitos com o aquário que há em mim... A destacar só que admirei e respeito agora de modo diferente quem de facto tem talento e não apenas usa os dons para ganhar dinheiro, porque eu não procurei ninguém, a conversa fluiu informalmente num jantar de amigas e do qual saí com a cabeça a mil por ver que realmente me estou a esquecer de uma pequena coisinha na minha vida: a primeira pessoa em que tenho que pensar é em mim.... A ver vamos....

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Secret Story...





Epá, nem estou naqueles dias em que a inspiração supere o cansaço mas confesso que hoje ao folhear uma revista tive claramente que me indignar com o mediatismo que têm estes formatos televisivos, aos quais confesso ir assistindo de quando em vez, mas quase sempre para ver se adormeço...
Bom, ao que percebi até à data trata-se de um programa que retrata a vida do comum dos mortais e de muito boa gente de família no seu quotidiano mas com a "pequena" diferença que lhes estão a pagar (e bem) para revelarem que tem distúrbios obsessivos compulsivos, irmãos gémeos, são casais falsos ou verdadeiros (e sinceramente ali ainda não percebi se o que se diz verdadeiro o é mesmo e se não seria o falso mais verdadeiro até).
A sério, elucidem-me se estiver a ser incoerente mas há mesmo quem tenha como grande segredo que faça ganhar dinheiro e fama "Vivi nove anos num convento"? ; "Participei num assalto" quando, vai-se a ver era uma miuda que roubou um chocolate de um balneário????
Bom, ser acompanhante de luxo já me parece um pouco mais "simpático" de se considerar um segredo que realmente gere interesse para muita plateia masculina, principalmente adepta do FCP mas, ainda assim, assumir esse segredo justificando que foi a única alternativa para criar os filhos???? Choca-me!!! E se parecer retrógrada continuo a fincar o pé mas sinceramente e não querendo parecer que julgo pela aparência a menina até tem bom corpinho (para ser acompanhante de luxo também!!!!) mas para trabalhar numa caixa de supermercado, porque não? não desprestigia ninguém, não é nenhuma vergonha e quantas mães não sustentam assim os seus filhos???? Bom, se calhar, não conseguem é ir ao cabeleireiro todas as semanas...
Bom, mas o pensamento matinal foi mesmo o de que ali não se passa nada de novo do que se passa em nossa casa, no vizinho do lado, com o nosso tio ou com a senhora da portagem.... por que raio se expõe aquela gente a prestar este tipo de papéis se não lhes acrescenta nada às personalidades (às contas bancárias talvez) mas o que perdem em virtudes ao revelarem ali que são estes "segredos" q pretendem usar para subir na vida mostram logo que são muito pequeninos....
Além de que segredos, bem entendido o termo, são partes da nossa vida que não têm que ser boas nem más, não têm que ser públicos ou privados, são nossos, quanto muito entre as pessoas neles envolvidos mas felizmente que nenhum dos meus me faria entrar na Casa porque vivo bem sem eles... Tenho as minhas reservas pessoais, mas que não considero segredos, apenas falados no tempo e com as pessoas certas. Isso não faz deles segredos, faz de mim uma pessoa selectiva no confiar do que me diz respeito.
confesso, rio-me com o António, claro, tem que haver sempre um "Zé Maria" em cada reality show, mas nem tanto pela ingenuidade pq acho que sabe mais do que eles todos juntos, mas pela descontracção com que usa a sinceridade e a capacidade de ser ele próprio. Gosto de me rir com ele, já as notícias que a imprensa se dá ao trabalho de publicar ao modo como estão as vacas, como vai o pasto nesta altura do ano ou como ele faz as alheiras são de bradar aos céus!!!! A sério, e com o devido respeito pela ética jornalista e sabendo que cada um sabe do seu trabalho, mas há que não cair no ridículo e fazer voltar um pouco ao "lápis azul" em que se escrevia pelo minimalismo o básico e havia enfoque no essencial... e se essencial seria, por exemplo, em vez de acharem graça ao Ivo ter um distúrbio obsessivo compulsivo elaborassem um artigo coerente com isso??? E se em vez de parecer um grande segredo "sou cúmplice da voz" não parássemos para pensar quantos de nós somos no nosso dia-a-dia cúmplices e presos a vozes a que temos que obedecer???
Não serve esta reflexão para uma crítica negativa ao programa serve, no entanto, para percebermos que o essencial é invisível aos olhos e que ao nosso lado vivem pessoas que são acompanhantes de luxo, já tiveram mais de 250 relacionamentos ou já tiveram um bar de alterne e isso não faz delas nem melhores nem piores, apenas acho que não faz deles mediáticos ao ponto de ganharem mais dinheiro para tabaco do que a grande média dos portugueses ganha para alimentar uma família...
Um pedido de desculpa a quem defende o formato do programa, esta é apenas a minha liberdade de expressão.
Até já....

Juat the way you are...

Oh her eyes, her eyes
Make the stars look like they're not shining
Her hair, her hair
Falls perfectly without her trying

She's so beautiful
And I tell her every day

Yeah I know, I know
When I compliment her
She wont believe me
And its so, its so
Sad to think she don't see what I see

But every time she asks me "Do I look okay?"
I say

When I see your face
There's not a thing that I would change
Cause you're amazing
Just the way you are
And when you smile,
The whole world stops and stares for awhile
Cause girl you're amazing
Just the way you are

Her lips, her lips
I could kiss them all day if she'd let me
Her laugh, her laugh
She hates but I think it's so sexy

She's so beautiful
And I tell her every day

Oh you know, you know, you know
I'd never ask you to change
If perfect is what you're searching for
Then just stay the same

So don't even bother asking
If you look okay
You know I say

When I see your face
There's not a thing that I would change
Cause you're amazing
Just the way you are
And when you smile,
The whole world stops and stares for awhile
Cause girl you're amazing
Just the way you are

The way you are
The way you are
Girl you're amazing
Just the way you are

When I see your face
There's not a thing that I would change
Cause you're amazing
Just the way you are
And when you smile,
The whole world stops and stares for awhile
Cause girl you're amazing
Just the way you are

(Bruno Mars)

Just the way you are diz tudo porque é sem mais nem menos... é assim, the way you are and when you smile the world stops... Assim como pára apenas quando esse sorriso é apenas na minha recordação, em mim, porque até aí é LINDO!!!!!
Just the the way you are, por tudo e por nada....

domingo, 7 de novembro de 2010

"Deus quer, o Homem sonha, a Obra nasce!"

"Deus quer, o Homem sonha, a Obra nasce!"
Foi esta a frase que serviu de mote para a abertura oficial deste blogue, não só por ser do Mestre mas também por já ter sido aplicada em dois ou três contextos da minha vida nos quais eu conseguia aceitar com mais serenidade o "Deus quer"...
Hoje decidi pegar nesta citação para tentar desmembrá-la e conferir-lhe exactamente os sentimentos que cada segmento da mesma tem nesta etapa do caminho. Não sei, ao certo, o que Deus quer de mim pondo-me à prova em tantos items da minha vida mas tento convencer-me que apenas me quer tornar mais forte, mais capaz ou apenas tornar-me humana, vivendo os mesmos problemas, dilemas e dificuldades que qualquer comum mortal mas, desta feita, narrados na primeira pessoa. Aceitar é, por vezes, uma aprendizagem não conseguida logo por osmose mas sim por um lento infiltrar de cada gota dentro do sistema... Mas tarde ou cedo aceito sempre, todas as etapas, boas e menos boas, felizmente de todas se consegue espremer algum sumo como sabor a reter. A dificuldade é que nem sempre o que esprememos das lições tem o doce da laranja mas sim o amargo do limão... tenho vivido a tentar equilibrar os sabores...
O Homem sonha.... Não sei, acho que a humanidade já não perde tempo a sonhar, estamos tão ocupados e empenhados nas lutas diárias que as utopias não têm espaço na nossa vida. E contra mim falo que se calhar fui deixando de acreditar no misticismo do que gostava de acreditar alcançar e sim aceitando mais o que sei estar ao meu alcance. Portanto, deste lado também a "Mulher" já quebrou um pouco os laços com O sonho mas agradece em especial um sonho no sentido literal da palavra, aqueles que temos durante um período de sono, ocorrido esta semana pois foi, de facto, um reflexo do que realmente eu poderia descrever como O sonho... Contudo, às vezes o facto de ser vivido em sonho só por si já enche o nosso coração e já o torna eterno, não porque foi vivido mas porque ninguém no-lo pode tirar....
"A obra nasce"... Bom, confesso que serão aqui maiores as dificuldades para ir ao cerne desta expressão pq, se por um lado, acredito que nada acontece por acaso, às vezes também deambulo pela tese de que muitas vezes as obras não surgem pela falta da nossa inércia. Quantas vezes temos o barro, as espátulas e o tempo e não temos coragem para tentar modelá-lo??? A obra pode até não ficar perfeita mas dedicámo-nos a ela, tentámos e fizemos o nosso melhor, sem esperar que tudo aconteça apenas quando tem que acontecer porque às vezes temos mesmo que provocar algumas alterações na história e ser autores da nossa própria vida. Mas, atenção, sem pretensões de sermos um Prémio Nobel, comecemos gradualmente a mudar o que podemos mudar, a traçar o que está nas nossas mãos e o resto que tentemos apenas ir interpretando à medida que surge com os olhos de quem tem a coragem de substituir os pontos finais por vírgulas. Confesso-me muitas vezes inerte para usar os pontos finais quando acredito nas reticências, mas aí se calhar é ainda aquela réstia de "o Homem sonha" porque acredito até quem olhar para mim me vai rotular de "eterna sonhadora" mas acho que isso apenas me serve de escudo para camuflar e mesmo abafar as realidades menos boas que já ninguém apaga, que já cruzei e que, atravessadas, ainda me conseguiram manter activa na capacidade de acreditar que um dia as obras com que sonho vão nascer. Um dia... pode ser que o que Deus quer e eu sonhe estejam tão em uníssono que a obra possa nesmo surgir...
Até já...

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Hoje versei :D

Quando das palavras me ausento
Sem existência lhes querer dar
É somente porque o pensamento
Custa mais que o falar...
Por vezes o silêncio é prata,
Precioso por ser bom professor,
Ensina o silêncio que uma simples palavra mata
O que o nosso coração guarda de melhor.
Fugi de escrever quando o eco magoava...
Em silêncio consegui ouvir
Que cada lágrima que derramava
soava ao que de melhor se pode sentir...
Sorver das nossas lágrimas o sal
em nada nos enfraquece.
Só chora com orgulho e triunfal
Quem a essas lágrimas o valor reconhece.
Ah, como precisei de não escrever...
Há frases que simplesmente devemos guardar...
Há frases que devemos viver...
Há frases que devemos apenas eternizar.
Eternizar não significa que o amanhã não seja diferente
Eternizar não garante que o medo não possa espreitar...
Eternizar significa tão somente
Que o que aconteceu nada pode apagar!
E não serei capaz de em palavras resumir
o que de tão simples há de observar
Que mesmo quando o meu silêncio subsistir
É a melhor forma de adorar....


Hoje foi em poesia, há muitos anos que não experimentava uma maluquice destas, mas após um tempo em que optei por não escrever muito mais que letras de músicas que me também têm as suas palavras a dizer, escrevi apenas para mim, por mim e acabei por versar (ou fazer uma tentativa disso :D )
A escrita está presente na minha vida há muitos anos mas temos andado um pouco de costas voltadas. Há dez anos atrás surgiu a hipótese de umas tertúlias e, mais tarde, com um pintor conceituado a ideia de ele ilustrar os meus textos e fazermos uma súmula disso para publicar mas a minha falta de ambição não quis avançar e o de achar que se escrevo são palavras toscas que saem no momento, longe daqueles arranjos míticos que vejo impressos, encadernados e enfiados numa prateleira, classificada por autor e/ou tema... Não!! O que escrevo sou eu e isso só importa a mim. Ora, estarei a ser incoerente, então, ao publicar num blog?? Nop, o blog serve, desde início, para que a minha coerência com o que escrevo tenha a possibilidade de ser partilhada com quem me quiser ler. Os que não querem é simples: não abrem o link :D :D

"Escrever um livro, plantar uma árvore, ter um filho...". Hum, já passei a fase do livro,a árvore ainda sou capaz de tentar o filho, bom, talvez "Um dia....".....

Até já....

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Momentos...

"A vida não é uma questão de marcos mas de momentos!"..........................
Que saudades dos momentos.... :s

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Homem vs Máquina

"Picture perfect memories,
Scattered all around the floor.
Reaching for the phone 'cause
I can't fight it any more.
And I wonder if I ever cross your mind
For me it happens all the time.

It's a quarter after one,
I'm all alone and I need you now.
Said I wouldn't call
but I lost all control and I need you now.
And I don't know how I can do without,
I just need you now.

Another shot of whisky,
can't stop looking at the door.
Wishing you'd come sweeping
in the way you did before.
And I wonder if I ever cross your mind.
For me it happens all the time.

It's a quarter after one,
I'm a little drunk, and I need you now.
Said I wouldn't call
but I lost all control and I need you now.
And I don't know how I can do without,
I just need you now.

Yes, I'd rather hurt than feel nothing at all.
It's a quarter after one,
I'm all alone and I need you now.
And I said I wouldn't call
but I'm a little drunk and I need you now.
And I don't know how I can do without,
I just need you now,
I just need you now.
Oh, baby I need you now."

Need You Now
Lady Antebellum


Hoje em particular esta música foi passando algumas vezes na minha memória em ecos e deu-me para ler a letra (confesso q foi na tradução para português :p) porque ela surge exactamente para sustentar uma tese que defendo a todo o custo como ser humano e como mulher: Todos precisam de alguém...
Há quem tente, de facto, ser uma ilha isolada, afastar-se da necessidade de ter pessoas que os façam sentir providos de emoções e, melhor, agradecidos por isso! Porque sentir é uma benção que nem todos conseguem alcançar, uns por não as conhecerem, outros por medo, outros por viverem tão mecanicamente como robots... Mas...quem criou os robots? Quem faz a manutenção aos robots? Quem comercializa os robots? O HOMEM!!!! Logo, algo nos distingue das máquinas e nenhum equipamento electónico por mais perfeito que seja e melhor que seja a engrenagem automática dos seus actos subsiste sem que haja intervanção de pessoas... And I need you know. Sim, eu preciso de sentir as pessoas, sem achar que isso me diminui na minha individualidade mas apenas que me enriquece e me torna capaz de sentir...
Yes, I'd rather hurt than feel nothing at all... Porque sofrer também faz parte das emoções e é só nisso que as máquinas nos ganham MAS isso também significam que elas não têm por que sofrer, recordar ou chorar e isso não as torna mais perfeitas, mais capazes ou mais fortes, torna-as apenas desprovidas de alma, de coragem para lamber as próprias feridas, de força para erguer após a queda, de arriscar mesmo quando apenas o "nada" é garantido!
Estou tão orgulhosamente certa de que nunca em mim houve capacidade robótica, o que me torna susceptível de falhar, errar ou, num rasgo de sorte (q têm sido escassos....) acertar mas sempre movida pela certeza de que numa luta titânica entre homem e máquina preferiria sempre ser humana assumindo todas as condições sem me escudar dos medos de perder o controlo de mim porque só isso me torna orgulhosa de assumir que sou 100% eu, quando isso significa gostar ou quando significa não gostar....ou sou quente ou sou fria, não sei nem quero aprender a ser morna...

Até já...

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Estímulo/Resposta


"A experiência clássica de Pavlov é aquela do cão, a campainha e a salivação à vista de um pedaço de carne. Sempre que apresentamos ao cão um pedaço de carne, a visão da carne e sua olfação provocam salivação no animal. Se tocarmos uma campainha, qual o efeito sobre o animal? uma reação de orientação. Ele simplesmente olha, vira a cabeça para ver de onde vem aquele estímulo sonoro. Se tocarmos a campainha e em seguida mostrarmos a carne, dando-a ao cão, e fizermos isso repetidamente, depois de certo número de vezes o simples tocar da campainha provoca salivação no animal, preparando o seu aparelho digestivo para receber a carne. A campainha torna-se um sinal da carne que virá depois. Todo o organismo do animal reage como se a carne já estivesse presente, com salivação, secreção digestiva, motricidade digestiva etc. Um estímulo que nada tem a ver com a alimentação, meramente sonoro, passa a ser capaz de provocar modificações digestivas"

Pavlov orientou alguns estudos no sentido de entender estímulos, estímulos neutros e estímulos condicionados... Não pararia hoje para reflectir nesta temática se não encontrasse tantos paralelelismos entre o cão e o ser humano, mas apenas no sentido de que ambos salivam involuntariamente ao ver um pedaço de carne... Mas nos cães não me choca, o instinto animal não os faz providos de capacidades cerebrais de discernimento, capaz de evitar a resposta. Quanto a nós, humanos, choca-me um pouco a facilidade com que cada vez mais a resposta surge antes do próprio estímulo... sinto-me envolta por uma sociedade em que os estímulos são cada vez mais condicionados do que inatos, as pessoas têm medo de ser naturais, de ser elas próprias, acobardam-se do que sentem e que isso possa ser visível aos olhos dos outros... Mas, afinal, somos nós os racionais ou os irracionais??? Sim, pq é irracional pensar nos instintos porque ou são naturais ou são apenas mecanismos de defesa a tudo o que nos poderia apanhar de surpresa... Mas o ser humano é cobarde e pensa que domina os seus reflexos, se bem que o pior é quando muda o estímulo e não tínhamos ainda criado mecanismos de encaixe para lhes dar resposta. Aí é limitarmo-nos a ser o cão de Pavlov e aprendermos a ser automáticos.
Para terminar uma palavra de admiração a todos os estudiosos que perderam tempo a estudar o sistema estimulo/resposta, as teorias do comportamentalismo(behavior) mas... perdoem-me acreditar apenas que quanto mais se estudam as pessoas mais se aprende com os animais porque eles ao menos agem involuntariamente.Infelizmente (ou não) ao ser humano foi dado consciência e capacidade de analisar que às vezes as nossas respostas são exactamente o oposto do estímulo que recebemos.... Mas com o termo consciência surge-lhe também a antonímia de, simplesmente, nem pensar no que as nossas acções provocam... se calhar até é mais fácil não pensar mas enquanto eu andar na vertical, tiver rabo em vez de cauda e falar em vez de ladrar, prefiro ir salivando por tudo aquilo que é consciente e não pelas simples campainhas que tocam apenas por tocar....
Até já...

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Is it getting better or do you feel the same....

Is it getting better, or do you feel the same?
Will it make it easier on you now
You got someone to blame

You say
One love
One life
When it's one need in the night
One love
We get to share it
Leaves you baby if you don't care for it

Did I disappoint you?
Or leave a bad taste in your mouth?
You act like you never had love
And you want me to go without

Well it's...
Too late
Tonight
To drag the past out into the light
We're one, but we're not the same
We get to carry each other
Carry each other
One

Have you come here for forgiveness?
Have you come tor raise the dead?
Have you come here to play Jesus
To the lepers in your head?

Did I ask too much?
More than a lot
You gave me nothing, now it's all I got
We're one, but we're not the same
Well we hurt each other
Then we do it again

You say
Love is a temple
Love a higher law
Love is a temple
Love the higher law
You ask me to enter but then you make me crawl
And I can't be holding on to what you got
When all you got is hurt

One love
One blood
One life
You got to do what you should
One life
With each other
Sisters
Brothers
One life
But we're not the same
We get to carry each other
Carry each other
One

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Até já :s

Hoje um até já com a necessidade de ter mesmo a certeza de todos nos voltamos a juntar um dia e que me permita aceitar a pequenez da vida... Hoje um até já a um grande homem, que no que conheci me marcou pela grandeza do amor à vida e ao próximo.
Hoje um até já que me mostra que passamos tanto tempo a lutar, a sofrer, a chorar, a tentar ser maiores do que os outros e a vida acaba num minuto, nem tanto...
hoje o até já é só para eu reforçar que perde o mundo mas a eternidade ganha um homem distinto e que criou uma mulher fantástica, fazendo dela a mulher q tanto admiro e a amiga de quem hoje gostaria de apagar todo o sofrimento, convertendo-o em consolo e em serenidade.
Hoje é um até já de quem se despede da vida de outra pessoa mas que o louva por essa mesma vida!
Somos tão pequeninos e, talvez ainda bem, não percebemos que sermos menores ainda pode acontecer no dia seguinte, na hora seguinte, no minuto seguinte... Há que pensar nisso enquanto há tento de amar, de rir, de brincar, de dar, de partilhar porque depois.... é tarde.... ficam só os "até já" de quem reconhece a saudade.
Felizmente sei que este "amigo" viveu tudo isto e recebu ainda mais porque sempre deu sem esperar em troca. Obrigada por isso e, por favor, abraça a minha martinha com muita força para que ela sinta o teu carinho sempre....
Até já...... :s

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

O tempo...

Atenção que eu vou divagar (até podia ir depressa mas ando tão cansada!!!) sobre o tempo. Ora bem, quanto a isso, ou chove ou faz sol... e nisso, fosse eu como a minha mãezinha, e teria destes rasgos de sapiência "O vento está de sul, amanhã chove. Aquelas nuvens são de trovoada. A neblina traz calor para amanhã". E é certinho;até chateia!!! Eu cá vou consultando www.meteo.pt e são mais as vezes em que aquilo são mesmo previsões do que certezas... E pronto, já reflecti sobre o clima.
Vou agora analisar o tempo cronológico. O tempo medido pelos relógios é como um animal: às vezes voa, outras vezes rasteja... depende muito do contexto, do estado de espírito... Por isso, conclui do alto da minha profunda inspiração de hoje que só dois tempos certos: o de nascer e o de morrer, mas às vezes não há tempo para viver... Estamos ocupados demais a pensar no tempo que vai fazer amanhã... Perguntem à minha mãe, ela sabe!!! ;)
Até já...

(Pode até parecer que definitivamente enloqueci mas não!!!! Apenas "perdi" tempo a pensar no tempo, talvez para não pensar no tempo...)

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Ser maior do que os maiores...

Valores mais altos se levantam... Hoje tive mesmo a necessidade de escrever para me lembrar desses valores, de onde venho e do orgulho que a isso está inerente e que devo honrar acima de tudo.
Tenho que desbloquear-me e tornar-me minimamente coerente com tudo o que sei que realmente acredito, valorizo e admiro e ao qual tenho dado pouco de mim e gerido de forma muito pouco inteligente.
Hoje elevo aqui a pessoa que me fez "desestupidificar" (inventei o termo, por isso perdão se parecer incoerente) mesmo sem que ela tivesse tido alguma palavra ou consciência nesse sentido. Foi, como tantas e tantas vezes, a minha MÃE.
Escrever-lhe para quê? Porquê? Talvez para lhe pedir desculpa porque pouco pareço ter aprendido com o autêntico exemplo e lições que me deu desde ainda antes de me conhecer por gente... Estou a falar de uma Mulher que ficou viúva aos 35 anos de idade (quando a maioria de nós hoje em dia ainda nem pensou assentar na vida), com três filhas com idades entre os 2 e os 12 anos e uma delas epiléptica... Falo de uma mulher que deixou a escola quase na mesma idade em que eu a iniciei mas que sabe mais do que alguma vez aprendi nos livros. Falo de uma mulher cujo maior orgulho era juntar 8 tostões para no dia da mãe oferecer uma carcaça à mãe dela, ao invés do pão seco que comiam durante todos os outros dias do ano... Falo da mulher que quando me viu acamada e sem lhe darem esperanças da minha sobrevivência nunca à minha frente derramou uma lágrima para me fazer acreditar que estava tudo calmo. Por fim, falo da mulher que quando há um ano recebe a notícia de um cancro tem como única preocupação agarrar-me na mão, olhar-me nos olhos e dizer-me:"Filha, não chores. Eu prometo-te que vai correr bem. Esta mesma mulher que há 4 meses me conta que a ela se juntou também o Lúpus como se me estivesse a contar que comeu de mais ao almoço mas já passava.
Só pergunto... Perante esta força da natureza como posso eu ser tão pequena??? Como posso eu estar a permitir-me não lhe dar motivos para se orgulhar de todos estes momentos em que me mostrou que não há nada em que devamos baixar os braços e juntar todas as energias para sermos maiores que a nossa condição humana...
Mamã, sei que to digo tão poucas vezes porque este feitiozinho é, como tu reclamas, de falar menos do que as paredes, mas hoje, mais do que nunca, OBRIGADA!!! Precisei de levar com este banho de realidade para perceber que os meus problemas têm sido uma gota de água e que se os transformo num oceano é porque não herdei uma outra enorme qualidade tua: a inteligência! Só preciso mesmo de me lembrar a mim própria todos os dias que tenho o mesmo sangue que tu e isso deve ser mais do que suficiente!!!!!!!
Até já...

domingo, 19 de setembro de 2010

Cada lugar teu...

Sei de cor cada lugar teu
atado em mim, a cada lugar meu
tento entender o rumo que a vida nos faz tomar
tento esquecer a mágoa
guardar só o que é bom de guardar

Pensa em mim protege o que eu te dou
Eu penso em ti e dou-te o que de melhor eu sou
sem ter defesas que me façam falhar
nesse lugar mais dentro
onde só chega quem não tem medo de naufragar

Fica em mim que hoje o tempo dói
como se arrancassem tudo o que já foi
e até o que virá e até o que eu sonhei
diz-me que vais guardar e abraçar
tudo o que eu te dei

Mesmo que a vida mude os nossos sentidos
e o mundo nos leve pra longe de nós
e que um dia o tempo pareça perdido
e tudo se desfaça num gesto só

Eu Vou guardar cada lugar teu
ancorado em cada lugar meu
e hoje apenas isso me faz acreditar
que eu vou chegar contigo
onde só chega quem não tem medo de naufragar


Não sei de cor cada lugar teu mas conheço alguns dos que ficaram atados a mim pela partilha... Tentar entender o rumo nem sempre é tão linear como carregar num interruptor onde desligo o sentimento e apenas prevalece a razão mas, ainda assim, sobrepõe-se inevitavelmente a necessidade de guardar com todas as forças o que é bom de guardar, pensar em ti e saber que te daria sempre o que de melhor eu sou, mesmo sabendo que as defesas às vezes também me fazem falhar, mas em tentativa de nunca ter medo de naufragar quando remo contra as marés...
Ficas em mim, impresso na alma, pois ninguém arranca o que já foi e é por isso que também peço que guardes e abraces tudo o que te dei, mesmo que o mundo te leve para longe de mim... Eu vou guardar cada lugar teu, cada lugar que foi nosso porque hoje apenas isso me faz acreditar que afinal não eram mais que vinte razões... Eram vinte vezes vinte... Adoro-te...
Até já

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Devia ser proibido...

É PROIBIDO

* Não fazer as coisas por ti mesmo

* Ter medo da vida e dos seus compromissos

* Não viver cada dia como se fosse o último suspiro


É PROIBIDO

* ter saudades de alguém sem ficar contente

* esquecer os seus olhos, o seu sorriso,

tudo porque os seus caminhos deixaram de se abraçar

* esquecer o passado e pagá-lo com o presente


É PROIBIDO

* Não tentar compreender as pessoas

* Pensar que as suas vidas valem mais que a tua

* Não saber que cada um tem o seu caminho e a sua sina


É PROIBIDO

* Não criares a tua história

* Não teres um momento para as pessoas que precisam

* Não compreender que o que a vida te dá também te tira


É PROIBIDO

* Não procurares a tua felicidade

* Não viveres a tua vida com uma atitude positiva

* Não pensar no que podemos ser melhores

* Não sentir que este mundo sem ti não seria igual


Até já...

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Quando não saber é menos difícil....

Whataya Want From Me
Hey, slow it down
Whataya want from me?
Whataya want from me?


Yeah, I'm afraid
Whataya want from me?
Whataya want from me?


There might have been a time
When I would give myself away
Oh, once upon a time
I didn't give a damn
But now here we are
So whataya want from me?
Whataya want from me?


Just don't give up, Im workin' it out
Please don't give in, I won't let you down
It messed me up, need a second to breathe
Just keep coming around
Hey, whataya want from me?
Whataya want from me?
Whataya want from me?


Yeah, it's plain to see
That baby, you're beautiful
And there's nothing wrong with you
It''s me, I'm a freak
But thanks for lovin' me,
Cause you're doing it perfectly

There might have been a time
When I would let you slip away
I wouldn't even try,
But I think you could save my life


Just don't give up, I'm workin' it out
Please don't give in, I won't let you down
It messed me up, need a second to breathe
Just keep coming around
Hey, whataya want from me?
Whataya want from me?
Whataya want from me?


Just don't give up on me
I won't let you down


So,
Just don't give up, I'm working it out
Please don't give in, I won't let you down
It messed me up, need a second to breathe
Just keep coming around
Hey, whataya want from me?
Whataya want from me?
Whataya want from me?


Just don't give up, I'm workin' it out
Please don't give in, I won't let you down
It messed me up, need a second to breathe
Just keep coming around
Hey, whataya want from me?
Whataya want from me?
Whataya want from me?

Porque sei tão bem o que quero?..... :/
Até já.....

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Amor/ódio

Existem duas palavras na vida que até hoje destinei a muito pouca gente e disse-as talvez ainda menos vezes... Amor e ódio... Amor porque senti-lo não é somente gostar de alguém, exige um comprometimento do nosso id no qual o entrosamento seja tão intrínseco que envolvam mais do que duas pessoas e duas vidas, duas almas... E falo do Amor no seu sentido generalista, pela familia, pelos amigos, pelos companheiros...No primeiro campo é fácil perceber que sem qualquer orgulho os amo até à última gota de sangue, excepto um, que odeio (lá está, esta palavra existe no léxico para ser usada e por muito que saiba que nada me dignifica dizer isto é a única verdade, tristeza foi ter que passar o fim-de-semana a encarar-lhe umas feições de quem nem consegue dirigir-me palavra, pela pequenez da pessoa que é. Se sou capaz de dizer que não lhe desejo mal nenhum? Não, não sou mesmo que isso me faça parecer um monstro.
Mas voltando aos amores, existem amigos que amo até me conhecer por gente, mesmo que para alguns eu pareça distante mas este é daqueles sentimentos que sei que levo para a cova, só podendo agradecer por me ajudarem a acreditar na força desta palavra.
Bom, o amor homem/mulher...se calhar passo e volto a este capítulo quando merecer ser feliz nele... Nele, apenas uma única certeza; não digo para parecer bem: Gosto, gosto e não preciso de o dizer para o demonstrar... Neste campo reservo-me à única certeza de o princípio da combustão é válido... A chama só se mantém acesa enquanto alimentada pelo oxigénio. A minha chama está acesa mas pode apagar se isso for mais fácil... :/
Por hoje, percebi que também tenho q me amar um pouco mais, respeitar-me além do que faço e lembrar-me que "Um dia....".
Gostava, com todas as forças de apagar as duas últimas semanas desgastantes, tristes e delicadas da minha vida mas não o podendo fazer e não sabendo sequer quando soprarão os ventos noutra feição resta-me agarrar a algum amor-próprio e, como hoje, mimar-me um pouco e hoje permiti-me mesmo um miminho material que ao mesmo tempo que tenta encontrar alguma réstia de auto-estima é também benéfico para a saúde.
Quanto aos ódios de estimação, não os tenho em particular, apenas em relação a mim quando as minhas acções não são coerentes com aquilo que a razão dita, até porque às vezes está tudo à frente dos nossos olhos e não queremos ver...E quantas vezes não sou mais míope com o coração do que os olhos.................
Até já.....

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Cogito, ergo sum....

Ser egoísta é humano... Só por isso consigo perdoar a mim própria todos os rasgos de egocentrismo que pautam alguns momentos em que a razão perde consistência em prol de uma temporária falta de capacidade para olhar com a devida transparência para as situações e ser coerente com elas e, principalmente, com os meus actos. Confesso, sou egoísta num aspecto:quero ser feliz doa a quem doer, custe o que custar... Esqueço-me, claramente, que certamente muita gente pensa igual a mim e que, como tal, às vezes é a mim que dói e a mim que custa.
Que fazer nestes momentos? Lá está, fosse eu superior a mim e saberia ter a lucidez de me colocar numa perspectiva exterior,capaz de analisar as razões de cada um e separá-las das minhas.
Ser egoísta é humano. Ser humano é egoísta...apenas porque nos é inerente, apesar de se vincar mais em alguns momentos e eu há muito tempo que não me sentia tão egoísta mas, pior ainda, com a clara noção disso... :s Acho que ao mesmo tempo sinto assim validada a convicção "penso,logo existo" porque este estado de alma não mais é que do que inerente à existência...
Por agora, um pedido de desculpa mais que legítimo por cada um destes actos em que sou abandonada da força que me faz separar as águas, qual Moisés, e entender que a minha liberdade termina onde começa a do próximo, principalmente quando o próximo me merece todo esse respeito e capacidade de me anular nesta fraqueza minha e a certeza de que no fundo sei que sou capaz de me tornar humana também na capacidade de "amar" sem medida, de ser igualmente feliz quando o meu altruismo é recebido com a intensidade com que o dou....
Até já....
E desculpem.....

domingo, 5 de setembro de 2010

...

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Até já...

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Agridoce...

Nem toda a gente que olha para mim me consegue ver. Nem toda a gente que me ouve me consegue escutar. Nem toda a gente que me toca me consegue sentir... Porém... Há os que me vêem sem olhar, os que escutam sem ouvir, os que sentem sem tocar...
Confesso... Sempre ´procurei fugazmente escudar-me no silêncio quando de mim se trata e sei admitir o quanto isso se torna difícil na interpretação de mim, do que penso, do que sinto. Porém... nada melhor do que ver-me, escutar-me, sentir-me, pois posso ter muitas capas mas nenhuma delas chega às minhas acções, nas quais sei que sou inteira, que emprego tudo de mim, toda a energia e capacidade de mover o mundo que é meu.
Há poucas coisas que precisem de ser faladas, as mais importantes, as mais genuínas e as verdadeiramente intensas são feitas no silêncio e vividas no íntimo de nós. Essas que ninguém pergunte, que ninguém responda. Que as viva e as guarde como momentos que valem por toda uma vida. felizmente tenho esse dom... guardo em mim o melhor de tudo e sei olhar para cada momento com a generosidade de o agradecer, reconhecendo que ele compensa certamente tudo aquilo que de menos bom também nos atravessa o caminho.
Por agora, apenas beber desta inesgotável fonte de sensações que vão além dos cinco sentidos e que conseguem inebriar-me num misto agridoce com que devemos saborear a vida. Porque na vida nem tudo é doce mas por certo que o agre nos faz dar ainda mais valor ao doce...
Obrigada, doce...
Até já...

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Não tenho filosofia...

"Creio no Mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele

Porque pensar é não compreender...

O Mundo não se fez para pensarmos nele

(Pensar é estar doente dos olhos)

Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...

Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...

Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,

Mas porque a amo, e amo-a por isso,

Porque quem ama nunca sabe o que ama

Nem sabe porque ama, nem o que é amar...

Amar é a eterna inocência,

E a única inocência é não pensar..."


(Alberto Caeiro)

Até já...

quarta-feira, 7 de julho de 2010

And all I can taste is this moment...

And I'd give up forever to touch you
'Cause I know that you feel me somehow
You're the closest to heaven that I'll ever be
And I don't want to go home right now
And all I can taste is this moment
And all I can breathe is your life
And sooner or later it's over
I just don't want to miss you tonight

And I don't want the world to see me
'Cause I don't think they'd understand
When everything's made to be broken
I just want you to know who I am

And you can't fight the tears that ain't coming
Or the moment of truth in your lies
When everything feels like the movies
Yeah you bleed just to know you're alive

And I don't want the world to see me
'Cause I don't think they'd understand
When everything's made to be broken
I just want you to know who I am
And I don't want the world to see me
'Cause I don't think they'd understand
When everything's made to be broken
I just want you to know who I am

And I don't want the world to see me
'Cause I don't think they'd understand
When everything's made to be broken
I just want you to know who I am
I just want you to know who I am
I just want you to know who I am
I just want you to know who I am

Até já....

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Aprender....

Aprendi....que ninguém é perfeito
enquanto não te apaixonas.
Aprendi....que a vida é dura
mas eu sou mais que ela!!
Aprendi que...as oportunidades nunca se perdem
aquelas que desperdiças... alguém as aproveita
Aprendi que...quando te importas com rancores e amarguras
a felicidade vai para outra parte.
Aprendi que... devemos sempre dar palavras boas...
porque amanhã nunca se sabe as que temos que ouvir.
Aprendi que...um sorriso é uma maneira económica de melhorar o teu aspecto.
Aprendi que... não posso escolher como me sinto...
mas posso sempre fazer alguma coisa.
Aprendi que...quando o teu filho recém-nascido
segura o teu dedo na sua mão tem-te preso para toda a vida
Aprendi que...todos querem viver no cimo da montanha...
mas toda a felicidade está durante a subida.
Aprendi que... temos que gozar da viagem
e não apenas pensar na chegada.
Aprendi que...o melhor é dar conselhos só em duas circunstancias...
quando são pedidos e quando deles depende a vida.
Aprendi que...quanto menos tempo se desperdiça...
mais coisas posso fazer.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

"O todo...."

"O todo é mais que a soma das partes..." Muito mais do que uma interpretação psicológica da afirmação é uma verdade que me merece uma reflexão realista e prática. Se pensarmos na vida como um todo parece fazer sentido concordar que o todo é muito mais que a soma da nossa parte física, social, pessoal e profissional mas sim a conjugação dessas partes com todos os factores externos que se tornam parte intínseca deste processo contínuo de construção de um todo, uma plenitude.
Conseguirá o ser humano alguma vez ser "um todo"? Não querendo parecer pessimista acho que é difícil, embora também possa encarar esta minha opinião como uma vontade de querermos sempre mais e melhor para nós, ambicionar chegar mais longe do que já chegámos ou simplesmente nunca estagnar na convicção de que já nos sentimos um todo.
Naturalmente seria mais confortável acreditar que alcançámos o conjunto idílico mas acredito que há sempre uma parte que está menos conseguida e que se reflecte na harmonia do conjunto. Pessoalmente tenho que me concentrar nas partes, elas têm urgentemente que ser bem conjecturadas de modo a que o todo possa um dia ser alcançado, não como uma projecção do que desejo mas sim como uma reflexão do que tenho. Às vezes o que temos pode até não ser o que gostaríamos mas pode bem ser um ponto de partida para novos rumos.
Sumariamente, tenho tido pouca energia para fazer da soma das partes o todo ideal mas sei com toda a convicção que me empenho em cada parte, que as vivo com a certeza de que temos que ser inteiros no que fazemos e de que às vezes temos mesmo que "fazer o que ainda não foi feito", sendo que somos nós os principais responsáveis por não corrermos riscos de fazer, de sentir, de viver.... Por agora vou-me agarrando à certeza de que caio várias vezes mas só isso me dá a certeza de que estou a caminhar, depressa, devagar....parar é que não porque eu acredito....
Até já...

As árvores morrem de pé...

Pensei que podia ser um daqueles dias em que nada se passa e tudo pode acontecer... Aliás, assim são todos aqueles do intervalo desde o dia que nascemos e aquele em que deixamos de viver pois no fundo mesmo os nossos mais rebuscados projetos de vida podem simplesmente desvanecer de um segundo para o outro sem que possamos evitar. Naturalmente gostamos de acreditar que devemos traçar rumos e delinear estratégias mas cansa colher imprevistos após imprevistos e encaixá-los em estruturas de nós...
Tenho procurado aceitar e ultrapassar os momentos menos positivos desta viagem mas contra ventos e marés a vontade é a de não remar por um tempo e ir ao sabor do vento, esperando pelas praias onde isso me vá levar.
Num momento de silêncio oiço ecos dos últimos dois anos de vida e adensa-se a memória de várias etapas delicadas que foram ciclicamente surgindo, encaradas a maior parte das vezes como fases mas que inevitavelmente convergiram numa espiral de pensamentos, sentimentos e cicatrizes profundos.Ultrapassá-los significa, claramente,ter a convicção de que uma força Hercúlea nos moveu mas quão breve é esse momento em que nos sentimos no topo do mundo que basta uma brisa mais afoita para nos fintar. E nós voltamos a balançar, esquecendo-nos que antes já éramos capazes de enfrentar a tempestade...
Hoje nem escrevo com muita lucidez, talvez seja isso que ainda salva o texto, isso e o fato de estar a reger-me pelo novo acordo ortográfico. Hoje apenas há passagem de palavras vividas e sentidas a palavras escritas por destilação de todos os álcóois que se evaporam e fazem deixar no fundo o mais pesado, o que mais marca um composto... Dentro de mim fica o significativo, para fora decanto o que aos olhos de quem apenas vê parece bonito....
Hoje, como apenas uma de muitas vezes, é o dia em que repito vezes sem conta "As árvores morrem de pé" apenas para me lembrar que essa é a postura que as dignifica e as faz ter aquele porte altivo, misterioso até e, sem dúvida, capaz de resistir sempre de pé.
Contra tudo aquilo que neste momento me pede o meu corpo, a minha alma, o meu coração, a única hipótese é mesmo só a de ser uma árvore alta e desejar que ao menos lá de cima eu não encontre uma árvore que me faça feliz, que se torne parte da minha vida, que me faça sonhar com ela e depois ela pegue nas suas raizes e se mude de lugar.... Mas mesmo que mude,eu estou no mesmo sitio a sentir o mesmo.... E aqui morrerei de pé, com a dignidade de uma árvore que sabe ser arbusto quando tem que ser mas que anseia um dia dar flor e fruto...
Até já....

terça-feira, 1 de junho de 2010

Viver despenteada....

"Decidi aproveitar a vida com mais intensidade...
O mundo é louco, definitivamente louco...
O que é bom, engorda. O que é lindo, custa caro.
O sol que ilumina o teu rosto, enruga.
E o que é realmente bom nesta vida, despenteia...
- Fazer amor - despenteia.
- Nadar - despenteia
- Pular - despenteia.
- Tirar a roupa - despenteia.
- Brincar - despenteia.
- Dançar - despenteia.
- Dormir - despenteia.
- Beijar com ardor - despenteia.

É a lei da vida: Vai estar sempre mais despenteada a mulher que decide andar na montanha russa, que aquela que decide não subir.

Por isso, a minha recomendação a todas as mulheres:
Entrega-te, come coisas gostosas, beija, abraça,
dança, apaixona-te, relaxa, viaja, salta,
dorme tarde, acorda cedo, corre, voa, canta, arranja-te para ficares linda, arranja-te para ficares confortável,
admira a paisagem, aproveita, e acima de tudo:
Deixa a vida despentear-te!!!!

O pior que pode acontecer é que precises de te pentear de novo..."

Até já :)

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Medo....

Devíamos aprender a valorizar o medo nas nossas vidas.... Hoje, talvez toldada pelo turbilhão de emoções que se impõem nos vários parâmetros da minha vida neste momento, acordei (se é que dormi.... :/) com a ideia fixa de que devia ter medo mais vezes... O medo de perder, o medo de não acordar, o medo de sofrer, o medo até de viver... Porque acima de amar a vida confesso que não tenho estado a respeitá-la o suficiente tomando tudo como garantido, imutável e constante...
"Devia ter amado mais, sonhado mais, ter visto o Sol nascer...", acho que é assim que versa a letra de uma música... Pois eu sinceramente acho que é disso tudo que eu devia ter medo... O medo de gostar, esse, apenas no sentido com que me atinge hoje mais do que nunca, me faz não controlar um movimento trémulo que descontrola os meus gestos e me faz sentir o sabor do sal das lágrimas que sem pedir licença correm em fio pelo pânico que se assola de mim neste momento, apesar de todo o pensamento optimista que quero manter mas... ninguém merece sequer ter esta hipótese para encarar e sei que nunca estou preparada para estes dias "decisivos"... Por isso eu digo que mais dias da minha vida eu devia sentir este medo de te perder, para assim dar-te ainda mais valor e relativizar com mais força as coisas realmente pequenas.
Eu devia sim ter medo de sonhar, apesar de não acreditar no sonho cor-de-rosa, na utopia e na ilusão... A idade e a experiência podem não servir para muito mais mas seguramente que nos fazem dissipar os olhos embaciados com que por vezes gostávamos de olhar para as situações e torná-las douradas...Eu devia ter medo de não acordar amanhã, sim, esse eu devia ter mais do que qualquer pessoa porque me lembro claramente que já senti na pele a realidade de ter noção que a minha vida estava por um fio, que aos 27 anos eu perdia a juventude, o riso, o crescer dos meus sobrinhos, as minhas realizações como ser humano, como mulher, como mãe um dia que quero ser.... Tive medo aí e "obriguei-me" a lembrar desse dia cada vez que estivesse a perder demasiada energia com coisas que posso controlar mas depressa o perdi à medida que simplesmente me fui limitando a ser eu própria e a sentir e vivenciar as experiências com a intensidade que acho que me merecem... Não me arrependo, em nenhum momento, dos medos que tenho quando eles servem para me fazer ver o valor das coisas e esses acredito mesmo que eu devo valorizar... Arrependo-me dos medos que não tive no momento certo e depois me fazem perceber que o tempo não volta atrás, que há palavras que já não se podem dizer, que há pessoas que já não podemos abraçar, que o sol não deixa de nascer para o mundo mas para as pessoas deixa...
Hoje o medo impera... Medo.... Sem vergonhas, sem subterfúgios, choro esse medo representando todas as valências da minha vida em que neste momento me sinto vazia...
Acima de tudo, aprendo mais uma vez, que os medos às vezes servem para me lembrar que sempre lutei desde que me conheço por gente para os combater, mesmo que isso signifique derramar algumas lágrimas pelo meio, mas nada chega à sensação de que para ser grandes temos que ser inteiros... Viver a cinquenta por cento para mim não é uma hipótese... Por isso das vezes em que tenho coragem para ter medo é porque realmente há um significado enorme por trás....
Até já....

terça-feira, 13 de abril de 2010

Dia Mundial do Beijo

Exercitar dezenas de músculos, libertar endorfinas, combater a depressão, diminuir o stress, queimar calorias: tudo isto resulta de um beijo: "É o teletransporte para um paraíso", segundo especialistas.

Rute Reizinho, psicóloga com mestrado em sexologia, explicou hoje, Dia Mundial do Beijo, que os beijos, principalmente os apaixonados, libertam endorfinas, "substâncias químicas que proporcionam sensações de prazer, euforia, bem-estar".

"Estudos indicam que o beijo ajuda a combater a depressão", acrescentou, lembrando ainda que também baixa os níveis de cortisol, uma hormona envolvida na resposta ao stress: "Ou seja, vai fazer com que a pessoa fique menos stressada, mais calma".

A linha pode também sair beneficiada: investigações indicam que um beijo ajuda a queimar cerca de 12 calorias e activa 29 músculos, sendo 17 deles na língua. O aumento da tensão arterial e da temperatura da pele são outras das consequências benéficas.

O urologista e mestre em sexologia Nuno Monteiro Pereira lembra ainda que beijar "faz aumentar a autoestima, já que há uma outra parte que aceita o acto".

"É de facto um factor importante para a saúde individual, pessoal, mental de cada um".

E o que se quer é saúde....:)
Até já...

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Não são carne nem peixe....

Há dias, sítios, pessoas que não são carne nem são peixe.... são ovo... Nos dias são aqueles que não correram nem bem nem mal, em que nada de diferente nos cativou, em que parece nada termos aprendido, amado, admirado, experimentado... São dias...
Nos sítios são aqueles que não nos dizem grande coisa, onde temos que estar algumas vezes até por "obrigação", que não nos trazem nenhum prazer especial por lá estarmos nem nos aborrecemos muito se não tivermos que ir e pudermos, em vez disso, estar onde de facto faz sentido para nós.
Pior é nas pessoas... Há as que são carne ou peixe.... são exactas, lineares, constantes e com uma personalidade forte. Agora as que são ovo....ui... medo!!!! Não sou melhor nem muito pior que ninguém, tenho qualidades que reconheço e venha quem vier sou a primeira a saber que as tenho; tenho defeitos, muitos, com a clara certeza de que ninguém melhor do que eu sabe enumerá-los.... Mas sou assertiva... Se é preto, é preto. Se é branco é branco... O cinzento é um tom diferente,não é um meio tom de acordo com o lado para onde acordo virada.
Quando nada mais resta ao ser humano, quando todas as riquezas supérfluas falham, quando a carreira não foi o sucesso esperado, quando as relações humanas se esbatem resta-nos uma certeza: temos matéria-prima em nós, não aquela que é moldada pelo Mundo, os outros ou as situações, mas sim aquela que serve de tábua da lei das nossas crenças pessoais. Sim, a vida molda-nos como uma autêntica pedra de amolar, tiramos lições, ilações e referências dos nossos caminhos e experiências mas gosto de as considerar bagagem, numa carga de que não prescindo quando se trata de "viajar a espaços diferentes". Levar de nós e do que aprendemos é salutar quando não fazemos disso estigma, ou seja, quando não taxamos todos os dias, sítios ou pessoas a papel químico e usamos aquela máxima de que "por uns conhecemos os outros." Não! Cada dia, cada lugar, cada pessoa é diferente e muitas vezes acabamos por ser nós a não deixá-los passar do estádio de ovo quando pré-concebemos ideias.
Hoje, confesso, apetecia-me ser ovo apenas para me poder encerrar dentro de uma casca, ainda que isso não signifique querer esconder-me do mundo, simplesmente numa perspectiva de redoma e de encontrar-me com essa mítica perfeição do não saber onde começa e onde acaba. Onde começa um ovo? Qual é o ponto final da linha do ovo? È mais por aí, o simples não ter origem nem fim...
Até já...

segunda-feira, 29 de março de 2010

Undisclosed desires

Undisclosed desires, by Muse

I know you've suffered
But I don't want you to hide
It's cold and loveless
I won't let you be denied

Soothing
I'll make you feel pure
Trust me
You can be sure

I want to reconcile the violence in your heart
I want to recognise your beauty's not just a mask
I want to exorcise the demons from your past
I want to satisfy the undisclosed desires in your heart

You trick your lovers
That you're wicked and divine
You may be a sinner
But your innocence is mine

Please me
Show me how it's done
Tease me
You are the one

I want to reconcile the violence in your heart
I want to recognise your beauty's not just a mask
I want to exorcise the demons from your past
I want to satisfy the undisclosed desires in your heart

Please me
Show me how it's done
Trust me
You are the one

I want to reconcile the violence in your heart
I want to recognise your beauty's not just a mask
I want to exorcise the demons from your past
I want to satisfy the undisclosed desires in your heart

terça-feira, 23 de março de 2010

Um dia...



Há para aí uma nova religião professada em pacotes de açúcar, dizendo tudo aquilo que "Um dia...." fazemos ou acontecemos. Confesso,acho piada a quem dedica tempo a seguir fielmente essa disciplina e acabei por fazer uma súmula de todas as frases que fui lendo, no sentido de fazer uma pequena análise de se realmente me andavam a passar lado coisas realmente dignas de se fazerem.
A saber:
"Um dia faço uma tatuagem." (Já está e com a certeza de q há marcas eternas. Gravá-las na pele não significa ter medo de as esquecer mas sim ter orgulho nelas!!!)

"Um dia ponho a mochila às costas e vou conhecer o mundo." (Ora bem, o mundo é feito de vários bocadinhos, aos poucos chego lá!)

"Um dia farei de ti a pessoa mais feliz do mundo." (Sem dúvida que antes desta tem que estar outra:Um dia faço de mim a pessoa mais feliz do mundo. Só se reflecte o que existe em nós!)

"Um dia reúno os amigos para uma festa de arromba." ( Cada vez q me reúno com aqueles que verdadeiramente o são o sentimento é de festa, o mais que conseguir!)

"Um dia encho-te o quarto de flores." (Ou isso ou mudo a cama para um jardim...

"Um dia levo para casa um cão abandonado." (Se o cão cuidar bem de mim até pondero a hipótese!!!)

"Um dia vou morar à beira-mar." (Uiiiiiiiii... Ontem já era tarde! Mas eu luto pelo q quero, por isso é continuar!!!)

"Um dia inscrevo-me no ginásio." (Acho que é isso que a senhora da portaqgem da CREL já me anda a sugerir há muito... Vou procurando ginástica alternativa....)

"Um dia peço-te em casamento." (Nããããããã..........:))

"Um dia a minha vida vira um livro." (A ser espero poder continuar a ser eu a autora da minha própria história...)

"Um dia levo-te a andar de balão." (E vens? :))

"Um dia nunca mais digo "um dia". (Pois, acaba-se o eco!)

"Um dia mudo radicalmente de visual" (Lá terei q deixar de ser alta, loira, morena, de olhos verdes... mas muda o visual, não o conteúdo!)

"Um dia escrevo-te uma canção." (Parece que dar música é comigo. Dizem :):) Mas prometo que só escrevo e não canto!)

"Um dia largamos tudo e fugimos juntos." (às vezes fugir é tão simples como esquecer o mundo lá fora. Não quero largar tudo mas os subterfúgios são parte importante de um equilíbrio.)

"Um dia desato a cantar na rua." (Hum.... não é impossível, mas improvável... Eu até tenho uma voz bonita.... para escrever à máquina!!!)

"Um dia fujo do trabalho para brincar com a minha filha." (...)

"Um dia abro um negócio só meu." (Pois que cada vez esse desejo e vontade ganha mais dimensão. Mais uma luta que quero sem dúvida travar!)

"Um dia deixo de fumar." (Esta é fácil! apesar de haver vícios que seria realmente necessário eu dizer "Um dia deixo!")

"Um dia deixa de ser só um dia e passa a ser o nosso dia." (Porque na vida não é preciso um dia em especial mas todos os dias podem ser especiais... assim, todos os dias podem ser o dia!")

"Um dia vou sair para a rua e gritar que sou feliz." (E vou!)

"UM dia vou perder a barriga." ("Encolhe a barriga e estica o peito!")

"Um dia vou dançar até cair para o lado." (Deve ser um dia tipo.... cada vez que começo a dançar e a beber ao mesmo tempo!)

"Um dia faço-te uma serenata ao luar." (Só mesmo quando a intenção for afastar alguém da minha vida!!!)

"Um dia faço reciclagem." (estou a fazer... da minha vida...

"Um dia ainda faço 300 km para estar contigo." (Ou mais, porque a distância até ao Sol é superior a isso......)

"Um dia beijo-te a meio de uma frase." (ou então Um dia deixo-te falar enquanto te beijo :))

"Um dia danço contigo no meio da rua." (Até sózinha eu danço!!! Mas agarradinho é melhor!)

"Um dia juntamos as escovas de dentes." (...)

"Um dia peço um desconto numa loja dos trezentos." (Lindoooooooooo! e se for preciso faço 300 km só para chegar a essa loja...)

"Um dia vou ter um filho lindo." (Gostava... mas.......)

"Um dia faço voluntariado." (Já fiz, faço e farei. Hoje pelos outros, amanhã por nós...)

"Um dia sou turista da minha própria cidade." (Eu acho mesmo é que sou turista de mim própria....)

"Um dia vais ao castigo." (uhhhhh, medo. tau-tau???)


Bom, analisando com calma percebo que há de facto muita coisa que na nossa vida reportamos para "Um dia..." com toda a certeza que esse dia nos é garantido e lá chegaremos... Claro que para sanidade mental é assim que devemos pensar, mas mais que isso há que viver ESTE dia que se chama HOJE. Hoje é o dia!
Reconheço-me no papel de autora de muitos momentos Nicola pois sei que também eu vivo com algumas nuances de "Um dia...", às vezes por falta de tempo, outras vezes por distracção e casos há que se trata simplesmente daquele medo que nos torna humanos: o de sofrer quando não era o dia... No entanto, percebendo claramente que cada dia nos oferece mais um rol de oportunidades, fica impressa a minha própria frase e, se calhar, aquela que mais me serve de estrela polar: "Um dia vou olhar para trás e dizer que valeu a pena cada sorriso, cada cansaço, cada desânimo, cada luta, cada medo, cada incerteza, cada levantar após a queda, cada passo do caminho... Um dia todos os dias serão o último dia de alguma coisa na nossa vida: um emprego, uma casa, um carro, uma relação, umas calças, um telefone... mas nem sempre o último dia significa que se ficou a perder... às vezes é só mesmo um começar de novo!!!!
"Um dia....................................Seperti anda"


Até já...

sexta-feira, 19 de março de 2010

Tears in Heaven...

Would you know my name
If I saw you in Heaven?
Will you be the same
If I saw you in Heaven?
I must be strong
And carry on
'Cause I know I don't belong
Here in Heaven

Would you hold my hand
If I saw you in Heaven?
Would you help me stand
If I saw you in Heaven?
I'll find my way
Through night and day
'Cause I know I just can't stay
Here in Heaven

Time can bring you down
Time can bend your knees
Time can break your heart
Have you begging please
Begging please

Beyond the door
There's peace
I'm sure
And I know there'll be no more
Tears in Heaven

Would you know my name
If I saw you in Heaven?
Will you be the same
If I saw you in Heaven?


Um dia de grandes ambiguidades no sentir... Por um lado a falta, a saudade, o sonho... Por outro, o reconhecido amor, orgulho e agradecimento... Dia do Pai... Parabéns a todos os pais, mais importante ainda, parabéns a todos os filhos que não se esqueceram de assinalar este dia, celebrando aqueles que lhes deram a vida.
A imagem mais difícil do dia? Uma mãe recém-viúva entregar o filho de 6 anos na escola onde todos os pais preenchiam um mural com a sua experiência do que é "Ser Pai...". Não me passa ao lado estas "pequenas" coisas, pelo contrário, vivo-as com uma dimensão que imediatamente me faz turvar o olhar pelas lágrimas. Há feridas que não cicatrizam por mais que o tempo passe, sendo que nada nem ninguém pode evitar que quando se põe lá o dedo elas sangrem sempre um pouco. Não é fácil... A fazer-me ser forte o suficiente para lidar com? A missão de me dedicar a presentes para os meus meninos poderem oferecer aos seus pais, a alegria de ter podido desejar Feliz dia a quem acredito deveras merecer e, o melhor de tudo, ter podido agradecer ao amigo, companheiro, orgulho, referência, herói que trilhou comigo a vida, desde os primeiros passos, passando por várias quedas e levantar após as mesmas e que caminha a meu lado sendo tudo o que eu poderia desejar num Pai.
Apesar desta ímpar felicidade está aqui aquele aperto no peito, um nó que não desata, num choro que não contenho, numa palavra que não desvanece: Saudade, aquela que apenas se torna contornável quando num convergir de forças acredito que "nada se perde, tudo se transforma" e que vives para sempre...

Would you know my name
If I saw you in Heaven?
Will you be the same
If I saw you in Heaven?

Até já...

sábado, 13 de março de 2010

As coisas simples da vida...

Tenho um prazer especial pelas coisas simples da vida, embora a tendência natural do ser humano seja a complicá-las e eu, pertencendo a essa espécie, acabo por fazê-lo em vários momentos.
No entanto, é o sabor da simplicidade aquele que mais gosto de recordar, são as pequenas coisas da vida aquelas que mais me enchem a alma e são, sem dúvida, as melhores marcas no meu imaginário de épocas felizes. Falo no geral, sou uma pessoa prática e sem precisar de florear muito as coisas, desde o geral ao particular, gosto do sentido prático, do lado casual das pessoas, de uma paisagem em bruto, da parte do meio das torradas, de sentar no chão mesmo quando há cadeiras, de me rir de mim própria, de sensações de bem-estar válidas unicamente pelo bem-estar: ver o mar, correr descalça na areia, sentir a chuva bater-me na cara quando danço no meio da rua... São tantos os pequenos tesouros da vida que enumerá-los seria supor que os conseguiria saber de cor, quando na realidade ainda os descubro nos passos do caminho.
Contudo, às vezes de tanto simplificar esqueço-me de separar águas e nem percebo que assumo como certeza de que esses momentos vão sempre existir, de que tudo pode ser simples, de que nem sempre basta querer e tudo se torna linear.
Durante a jornada vamos encontrando obstáculos, alguns que nos ajudam sem dúvida a aprender que às vezes é preciso começar de novo ou simplesmente saltar mais alto do que a pedra no caminho, outras vezes é apenas uma questão de pegarmos nela e de seguirmos em frente, sendo isso mais ou menos fácil, mas com a certeza de que não nos prostrámos diante de dificuldades inicialmente não supostas mas que surgem, claramente, até nos nossos percursos mais simples. A determinada altura podemos até acusar o peso que já carregamos mas só implica que já temos alguma bagagem connosco, infelizmente alguma que gostaríamos de nunca carregar, mas sem dúvida que faz de nós seres humanos mais capazes. E nestas alturas gosto de me lembrar do Mestre, "Como nada amei nem fiz, quero descansar de nada. Amanhã serei feliz se para o amanhã há estrada." Parece simples falar em ser feliz e eu com o bocadinho de bagagem que já carrego sei garantir que não é, de todo, fácil ser-se feliz. É fácil estar-se feliz... Mas nada amar nem nada fazer não se coadunam com a minha personalidade, sou uma pessoa de emoções, das mais simples às mais complexas, sou, acima de tudo, uma eterna lutadora pelo ideal de que luto por aquilo em que acredito e que "quando alguém quer muito alguma coisa o todo o universo conspira a seu favor para que se realize esse seu desejo".
Bom, ainda assim sei que nesta teoria de conspiração a nossa cota parte de comprometimento tem sempre que ser superior e tenho para mim que existem seres capazes gerarem energia suficiente para quase provocarem um novo Big-Bang. Nesse campo, acredito na minha energia, num sentido mais moderado, com a capacidade de apenas me regenerar a mim própria quando sou atirada ao tapete e também naquela energia do descobrir, aquele mítico descobrir de quem coniventemente acredita que "nada se inventa, tudo se descobre". Eu não inventei o sentir-me assim tão bem com tanta simplicidade, mas descobri-o...
Até já...

segunda-feira, 8 de março de 2010

Mulher forte vs Mlulher de força

"Uma mulher forte não tem medo de nada ... mas uma mulher de força demonstra coragem no meio dos seus medos.
Uma mulher forte não permite que ninguém tire o melhor dela ... mas uma mulher de força dá o melhor de si ao mundo.
Uma mulher forte treina diariamente para manter o corpo forte ... mas uma mulher de força constrói relacionamentos para manter a alma em forma.
Uma mulher forte comete erros e evita os mesmos no futuro... mas uma mulher de força percebe que os erros na vida também podem ser lições inesperadas e aprende com eles.
Uma mulher forte tem o olhar de segurança na face ... mas uma mulher de força tem a graça.
Uma mulher forte acredita que ela é forte o suficiente para a jornada... mas uma mulher de força tem fé que é durante a jornada que ela se tornará forte!"

A todas as mulheres fortes e de força da minha vida... Parabésn pelo que são e obrigada pelo que me ajudam a ser!
Até já...

domingo, 28 de fevereiro de 2010

É por causa da cor do trigo...


Foi então que apareceu a raposa.
- Olá, bom dia! - disse a raposa.
- Olá, bom dia! - respondeu delicadamente o principezinho que se voltou mas não viu ninguém.
- Estou aqui - disse a voz - debaixo da macieira.
- Quem és tu? - perguntou o principezinho. - És bem bonita...
- Sou uma raposa - disse a raposa.

(...)

- Anda brincar comigo - pediu-lhe o principezinho. - Estou triste...
- Não posso ir brincar contigo - disse a raposa. - Não estou presa...

(...)

- O que é que "estar preso" quer dizer - disse o principezinho?
- É a única coisa que toda a gente se esqueceu - disse a raposa. - Quer dizer que se está ligado a alguém, que se criaram laços com alguém.
- Laços?
- Sim, laços - disse a raposa. - Ora vê: por enquanto, para mim, tu não és senão um rapazinho perfeitamente igual a outros cem mil rapazinhos. E eu não preciso de ti. E tu também não precisas de mim. Por enquanto, para ti, eu não sou senão uma raposa igual a outras cem mil raposas. Mas, se tu me prenderes a ti, passamos a precisar um do outro. Passas a ser único no mundo para mim. E, para ti, eu também passo a ser única no mundo...

(...)

- Mas a raposa voltou a insistir na sua ideia:
- Tenho uma vida terrivelmente monótona. Eu, caço galinhas e os homens, caçam-me a mim. As galinhas são todas iguais umas às outras e os homens são todos iguais uns aos outros. Por isso, às vezes, aborreço-me um bocado. Mas, se tu me prenderes a ti, a minha vida fica cheia de sol. Fico a conhecer uns passos diferentes de todos os outros passos. Os outros passos fazem-me fugir para debaixo da terra. Os teus hão-de chamar-me para fora da toca, como uma música. E depois, olha! Estás a ver, ali adiante, aqueles campos de trigo? Eu não como pão e, por isso, o trigo não me serve de nada. Os campos de trigo não me fazem lembrar de nada. E é uma triste coisa! Mas os teus cabelos são da cor do ouro. Então, quando eu estiver presa a ti, vai ser maravilhoso! Como o trigo é dourado, há-de fazer-me lembrar de ti. E hei-de gostar do barulho do vento a bater no trigo...
A raposa calou-se e ficou a olhar durante muito tempo para o principezinho.
- Por favor...Prende-me a ti! - acabou finalmente por dizer.

(...)

- E o que é que é preciso fazer? - perguntou o principezinho.
- É preciso ter muita paciência. Primeiro, sentas-te um bocadinho afastado de mim, assim, em cima da relva. Eu olho para ti pelo canto do olho e tu não me dizes nada. A linguagem é uma fonte de mal entendidos. Mas todos os dias te podes sentar um bocadinho mais perto...
O principezinho voltou no dia seguinte.

(...)

Foi assim que o principezinho prendeu a raposa. E quando chegou a hora da despedida:
- Ai! - exclamou a raposa - ai que me vou pôr a chorar...
- A culpa é tua - disse o principezinho.- Eu bem não queria que te acontecesse mal nenhum, mas tu quiseste que eu te prendesse a mim...
- Pois quis - disse a raposa.
- Mas agora vais-te pôr a chorar! - disse o principezinho.
- Pois vou - disse a raposa.
- Então não ganhaste nada com isso!
- Ai isso é que ganhei! - disse a raposa. - Por causa da cor do trigo...

(...)

E então voltou para o pé da raposa e disse:
- Adeus...
- Adeus - disse a raposa. Vou-te contar o tal segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos...
- O essencial é invisível para os olhos - repetiu o principezinho, para nunca mais se esquecer.
- Foi o tempo que tu perdeste com a tua rosa que tornou a tua rosa tão importante.
- Foi o tempo que eu perdi com aminha rosa... - repetiu o principezinho, para nunca mais se esquecer.
- Os homens já se esqueceram desta verdade - disse a raposa. - Mas tu não te deves esquecer dela. Ficas responsável para todo o sempre por aquilo que está preso a ti. Tu és responsável pela tua rosa...

(O Principezinho - Antoine de Saint-Exupéry)


Por causa da cor do trigo... Mesmo quando a linguagem é uma fonte de mal entendidos posso sempre deixar dito no silêncio as mensagens essenciais, aquelas que não estando ao alcance dos olhos ficam gravadas no coração.
Às vezes as coisas que nos cativam ou nos fazem criar laços surgem quando não se anda à procura e, talvez por isso, fazem-nos perceber ainda melhor que de onde nada se espera tudo pode surgir, mesmo quando o tudo às vezes é apenas a cor do trigo...
Sinto-me raposa, consciente do que significa dar valor à saudade mas ao mesmo tempo com a enorme benção de saber em consciência que existem realmente passos que nos fazem sair da toca reconhecendo neles o aproximar de quem passou a distinguir-se de cem mil rapazinhos...
O essencial, esse, é invisível aos olhos mas, por vezes, é simplesmente porque não o querem ver pois às vezes existem toda uma clareza nas coisas mais simples que desde logo nos mostra e ensina que onde nada se semeou nada irá nascer, mas quando se dedica tempo e carinho a uma semente ela passa a ter para nós o significado da rosa do Principezinho...
É por causa da cor do trigo, também...
Até já...

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Lenda do arco-íris


A LENDA DO ARCO-ÍRIS



"O João era pobre. O pai tinha morrido e era muito difícil a mãe manter a casa e sustentar os filhos.
Um dia ela pediu-lhe que fosse pescar alguns peixes para o jantar.
O João reparou numa coisa a mexer-se no meio do arvoredo. Aproximou-se sorrateiro, abaixou-se, afastou as folhas devagarinho e . . . viu um pequeno homem sentado num minúsculo banco de madeira. Costurava um colete verde com um ar compenetrado enquanto cantarolava uma musiquinha.
À frente do João estava um anão. Rapidamente esticou o braço e prendeu o homenzinho entre os dedos.
- Boa tarde, meu senhor.
Como estás, João? - respondeu o homenzinho com um sorriso malicioso.
Mas o anão tinha montes de truques para se libertar dos humanos. Inventava pessoas e animais a aproximarem-se, para que desviassem o olhar e ele pudesse escapar.
- Diz-me lá, onde fica o tesouro do arco-íris?
Mas o anão gritou para o João que vinha lá um touro bravo a correr bem na sua direcção. Ele assustou-se, abriu a mão e o anão desapareceu.
O João sentiu uma grande tristeza, pois quase tinha ficado rico.
E, com estas andanças, voltou para casa de mãos a abanar, sem ter pescado peixe nenhum. Mal chegou contou à mãe o sucedido. Esta, que já conhecia a manha dos anões, ensinou-o:
-Se alguma vez o encontrares, diz-lhe que traga o tesouro imediatamente.
Passaram-se meses.
Até que um dia, ao voltar para casa, sentiu os olhos ofuscados com um brilho intenso. O anão estava sentado no mesmo pequeno banco de madeira, só que desta vez consertava um dos seus sapatos.
- Cuidado! Vem lá o gavião! - gritou o anão, fazendo uma cara de medo.
- Não me tentes enganar! - disse o João. - Traz já o pote de ouro!
- Traz já o pote de ouro ou eu nunca mais te solto.
- Está bem! - concordou o anão. - Desta vez ganhaste!
O pequeno homem fez um gesto com a mão e imediatamente um belíssimo arco-íris iluminou o céu, saindo do meio de duas montanhas e terminando bem aos pés do João.
As 7 cores eram tão intensas que até esconderam o pequeno pote de barro, cheio de ouro e pedras preciosas, que estava à sua frente.
O anão baixou-se, com o chapéu fez-lhe um aceno de despedida, e gritou, pouco antes de desaparecer para sempre:
- Adeus, João! És um menino esperto! Terás sorte e serás feliz para sempre!
E foi o que aconteceu. O pote de ouro nunca se esgotou e o João e a sua família tiveram uma vida de muita fartura e de muita alegria."

De todos os mitos que povoam a nossa imaginação há alguns em que gosto de manter algumas nuances, por forma a tornar ainda mais mágicos alguns fenónemos tão facilmente explicados pela natureza como o arco-íris.
Apesar de saber claramente tratar-se de uma decomposição do espectro de luz do sol que brilha entre gotas de chuva acho que sempre o associei ao sorriso e à perfeição, pela forma harmoniosa como sete cores se distinguem concentricamente e se estendem num pedaço de céu em que o seu início e o sítio onde termina não é possível distinguir.
Curiosamente na minha vida o arco-íris parece quase sempre acabar em sítios estratégicos, razão pela qual sempre achei por bem adoptar esta lenda irlandesa e pô-la em analogia com a minha própria experiência.
Por outro lado, serve também a vertente mais empírica deste fenómeno para me enriquecer metafisicamente, uma vez que, como já referido, só há reflexão das sete cores após um período de chuva e com incidência de sol, o que gosto de resumir muito concretamente que depois da chuva na nossa vida, o sol tem ainda mais valor!!!!
Quanto ao pote de ouro... Bom, com toda a certeza os tesouros existem, seja no fim do arco-íris seja nos lugares mais comuns, resta-nos estar atentos!!!
Até já...

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

:/

Saudade...
Até de falar sobre o estado do tempo.... :/

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Brindar....

Existe uma pessoa na minha vida que, do alto da sua sabedoria, sempre me ensinou que "pensamentos e palavras positivos trazem energias e actos positivos." Não duvidava em nada dela, não tinha, no entanto, a constante capacidade para o pôr em prática na minha vida, talvez devido a algumas pedras basilares que estavam mal alicerçadas e não me permitiam fundamentar sobre elas construções sólidas.
Contudo, no processo de vivências que vamos experimentando passei a conseguir encontrar estruturas coesas o suficiente para me ajudarem a expandir os acontecimentos de uma forma mais ordenada e serena.
Prova de que a minha amiga é uma pessoa com uma lucidez e sabedoria ímpares é a força extra que esta postura na vida nos oferece e nos faz, mais sensatamente, não viver por antecipação o minuto seguinte.
Finalmente também eu conseguir crivar todas as pequenas pedras angulares que, por vezes, funcionavam como grão na minha engrenagem e, assim, fazer fluir os mecanismos mais facilmente.
A notícia de um grande sucesso chegou às nossas vidas e é com reconhecido orgulho que sei que sou parte desse sucesso, não só pela esperança depositada mas também pela grande aprendizagem de oferecer a quem precisa a minha força, pois só ela gera mais força. Consequentemente, aprendi que o meu desânimo gera desânimo e consegui, por isso, eclipsá-lo!
Sempre acreditei em ti, na tua promessa de que tudo ia correr bem e principalmente naquela forma única de me tentares proteger de tudo como certeza de que cruzar os braços não era opção. Acreditar foi, por isso, um doce mel saboreado em boas notícias!!! Agora que renasces tu sei que a vida tem outro sabor, como há um ano atrás quando a fénix era eu!
E tivemos assim ambas direito à melhor prenda de anos, a tua atrasada a minha uns dias antes mas porém perpetuada para cada dia das nossas vidas. Pois é, mamã, porque de facto ontem o brinde de aniversário, mais do que ser a mim tinha que ser a ti... mas tinha também que ser àqueles a quem tive oportunidade de brindar, num momento de reconhecido agradecimento.
Obrigada.
Até já....

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

mais do que vinte razões...

Na vida tudo pode ser fácil... Tão fácil como não pensar, tão fácil como não sentir... Acho que passei por essa fase uma vez na vida... estava em coma. Desde aí habituei-me a não deixar a minha mente ficar vazia, prefiro perder tempo a pensar e a sentir do que a estar um vegetal. O que sentimos e o que pensamoe pode não ser fácil mas é a única certeza de que estamos activamente a viver, com tudo o que isso possa significar de bom ou de mau, de fácil ou de dífícil.
Na vida o mais difícil são as coisas simples, são elas que realmente nos fazem ter a clara noção de que tudo podia ser simples mas que quando não alcançado se torna difícil. Aceitar é, por vezes, não um acto de cobardia mas um acto de coragem, aquela de que é imperativo escudarmo-nos não só quando passamos nos "túneis de terror" mas também quando a alternativa é simplesmente seguir um atalho.
Na vida, vinte razões são poucas quando se trata de definir algo fantástico mas são certamente boas razões para tornar isso inesquecível.
Por isso, na vida, quem tentar possuir uma flor tarde ou cedo verá a sua beleza murchar mas quem apenas a contemplar e sentir o seu perfume guardará essa recordação para sempre. Felizmente, mais do que ter alguma coisa, gosto de manter o que vejo, cheiro, sinto. Por isso, sei que essa imagem perdura enquanto o tempo passa, mesmo quando nos sentimos peixes dentro de aquários, numa viagem em círculo sem direcção definida mas com objectivos pelo meio.
Obrigada pelo tempo, pelos cheiros, os sabores, os sons das gargalhadas...
Até já...

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Quando a esperança se chama "iodo radioactivo"...

"Tratamento com iodo radioactivo


Em doentes com cancro da tiróide

Na sequência do tratamento do cancro da tiróide pode estar indicado, após a cirurgia, um tratamento com iodo radioactivo.

O tratamento com hormona tiroideia ("Letter" ou "Thyrax") deverá ser interrompido com um mês de antecedência para maximizar a captação do ¹³¹I. Isto provocará um quadro de hipotiroidismo sendo frequentes alguns sintomas relacionados com essa situação.

É essencial evitar nos dias anteriores a ingestão ou aplicação externa de substâncias que possam conter iodo na sua composição, porque se verificaria uma redução na captação do produto com diminuição da eficácia do tratamento.

Após o tratamento o doente fica internado e não pode ter visitas, na tentativa de reduzir a contaminação das pessoas que lhe são mais próximas. Na maior parte dos casos o internamento tem a duração de 48 horas.

Durante o internamento deverá cumprir as normas do centro em relação ao isolamento, refeições, tratamento de resíduos, etc. que frequentemente são dadas por escrito.

Aconselha-se levar a menor quantidade de roupa possível, material para se entreter, assim como luvas e chinelos de plástico descartáveis para evitar o contacto com os objectos pessoais. O doente tomará banho de chuveiro pelo menos uma vez por dia esfregando bem a pele e beberá abundantes líquidos pois aceleram a eliminação do iodo.

As complicações da terapêutica com ¹³¹I são geralmente de pouco significado. A inflamação da tiróide (tiroidite) cursa com dor no pescoço respondendo normalmente bem aos analgésicos. A inflamação das glândulas salivares é habitualmente transitória e responde bem à estimulação salivar com rebuçados de limão ou hidratação abundante de sumos limão. A cistite (inflamação da bexiga) pode surgir, prevenindo-se com hidratação abundante.

No momento da alta devem ser dadas algumas recomendações para observar nos dias seguintes como por exemplo:

Evitar o contacto com grávidas e crianças pequenas.
Se cozinhar calçar luvas enquanto manipula os alimentos.
Não dormir acompanhado.
Lavar em separado, na máquina, com um programa forte a sua roupa pessoal e de cama.
Descarregar sempre duas vezes o autoclismo.
Tomar banho de chuveiro, esfregando bem a pele."

A esperança surge na vida sob muitos nomes e significados. A minha renasce com o nome de iodo radioactivo... Apesar de reunir toda uma panóplia de informações que convirjam no sentido de me fazer estar preparada é um turbilhão de emoções que às vezes parecem não conseguir serenar-se.
No entanto, a esperança é uma chama que mesmo quando ténue nunca se esbate por completo e continua a alimentar-se pelos princípios da combustão de que enquanto há oxigénio há incandescência. Alimento a minha chama respirando a plenos pulmões ( sim, felizmente os meus pulmões já não apresentam lesões!!!!) e condensando esse oxigénio todo dentro de mim para me ir dando luz...
Contigo, mais do que nunca, com a certeza de que a esperança pode ter muitos nomes ou formas mas nenhum tão fiel como a força de vida que tens.
Até já...

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Ser criança...

Ser criança
É ser herói
É ser artista
É ser protagonista
É ser pintor, poeta e escritor
É ser índio e cowboy
Ser criança é ser o sonho, o futuro e a esperança
Ser criança é aventura, é desafio
É ser conquistador
É rir e brincar
É inventar novas formas de ser criança

Há quem não possa ser criança
Não conheça um palhaço, um balão,
Viva sem sentir o gosto da fantasia
Conheça a fome e o frio
Crianças de vida vazia

Há quem não tenha sequer um lápis, um papel,
O direito a viver, a brincar, a crescer e aprender
Sinta o terror e opressão
Essas vivem sem amor nem ilusão
Conhecem a injustiça, a violência e exclusão,
Não sabem que SER CRIANÇA é ter magia
É ser no presente, a promessa do futuro
De um mundo mais justo, mais humano e tolerante
A criança não sabe, mas confia…

A criança não conhece fronteiras
Não vislumbra o amanhã
Não sabe o que são direitos nem defende teorias
A criança só deseja ser amada
(Poema de AP)

A criança oferece-nos o passado, o presente e o futuro pois no percurso com elas voltamos a encontrar memórias de nós próprios, os nossos sonhos, os medos, os desejos secretos, as recordações de cheiros, sons, cores, lugares e pessoas que nos habitaram e nos construiram.
Temos também o presente, a capacidade de agir aqui e agora na formação de vidas, na modelagem de médicos, arquitectos, advogados, padeiros, futebolistas, polícias, ladrões...É ainda desse presente que nos enriquecemos nesta construção conjunta de personalidades, tanto da criança como do adulto, pois não há como não se estabelecer uma simbiose nesta parceria e acredito ser impossível destacar quem aprende mais com quem.
O futuro, esse começa agora, na medida em que vamos pegando nos lápis contidos nas suas mãos e começamos a delinear tenuemente um trilho de caminho ao qual vinculamos um pouco de nós, projectamos a nossa existência para um futuro em que, ao invés de serem elas a fazer-nos lembrar da nossa infância, será a invocação dos nossos nomes ou estatutos a fazê-los, quando adultos, reportar-se àquilo que hoje vivem e de como nós os marcámos, seja de forma positiva ou negativa.
Neste domínio tenho a sorte de ser abençoada com uma profissão que a todos os níveis reforça a teoria de que "somos do tamanho do que fazemos e não do tamanho da nossa altura" pois posso dizer que trabalho diariamente com as maiores pessoas do mundo!!!! Os "meus meninos" adquirem claramente papel de família, amigos, companheiros pois são parte integrante do meu dia, aquele dia de quando acordo em paz e com saúde mas também o dia de quando se apodera a dor do meu coração e o sol parece não brilhar... Obviamente, há que saber separar águas e, por isso, penso que a eles devo parte de um saudável equilíbrio emocional que encontro quando entre 4 paredes se inicia um novo dia de todas as surpresas que possamos imaginar, não fossem as crianças autênticas caixinhas delas!!!!
Serve este texto para fazer um elogio às crianças, não só aos meus fantásticos alunos que são motivo de orgulho, dedicação e luta, mas também os preciosos 5 sobrinhos que são a luz dos meus olhos e razão de viver, às crianças com que me vou cruzando e tendo a oportunidade de criar mais uma relação e, claramente, à criança que já fui um dia, apesar de não guardar muitas recordações dessa época mas é com incontida certeza que saberei admitir que, pelo menos, tinha a inocência do não pensar...
Aos quinze fantásticos que me dão a imensa honra de mudar a forma como olham para o mundo um obrigada enorme, a certeza de que serei apenas pequena parte de toda uma vida que se estende num rol de capítulos a que eu apenas dei o mote de "Era uma vez..." mas que o "...foram felizes para sempre!" está nas vossas mãos, as mesmas com que com toda a ternura me enchem de mimos e momentos mágicos que partilhamos e são nossos, como os risos, os sermões que vos dou, as palavras que não dizendo sabemos o que significam, as nossas brincadeiras cúmplices mas, principalmente, o que ensino e aprendo pois é também convosco que páro para fazer críticas de quem sou, do que quero ser e como quero ser, sendo que várias vezes me mostram que a vida é mais colorida quando usamos as vossas aguarelas!
Até já...

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

:(:(

Descansa em paz,primo...:(
Até já...

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

2010...

2010... Dia 1...
Encerrar um ano para iniciar um outro parece fazer imperar sempre que se reflicta e esmiuce o que decorreu nos 365 dias anteriores. Em jeito de balanço inevitavelmente parecemos resumir rapidamente os acontecimentos marcantes da nossa vida no ano transacto e dali tirarmos ilações sobre o que nos marcou, quer pela positiva quer pela negativa.
Sempre me atraiu a perspectiva do copo meio cheio ou meio vazio... Penso que parece retratar um pouco da condição de quem o analisa. Para os optimistas será, seguramente, sempre um copo metade cheio; paralelamente, os pessimistas não hesitam em classificá-lo de meio vazio. Eu??? Bom, depende... Não tenho nada contra o meio termo... Por isso, penso que não me choca se declarar que 2009 foi um copo meio. Ponto. No entanto, penso que esta será, talvez, também uma forma optimista de pensar pois encontrar o meio termo de tudo aquilo que vivemos é notável, uma vez que nos força a perceber que nem tudo é perfeito mas também nem tudo é tão mau assim.
Dizia o Mestre (Acho que já deixei explícito que por Mestre se deve entender Fernado Pessoa): "A vida:branco ou tinto? Tanto faz, é para vomitar." Encontro-lhe beleza nesta analogia, algo que acredito difícil se lermos apenas textualmente mas para aqueles que acreditam que a vida é um conjunto de sabores que vamos tragando nas várias experiências certamente concordam que na vida não importa a cor do que bebemos mas sim o efeito que tem em nós e em como isso se reflecte na nossa mediação entre o inebriamento dos nossos sentidos e a consciência activa de que a lucidez tem que nos conduzir.
2009 não começou da melhor maneira e não terminou como eu gostaria, a nível geral. Contudo, foi um ano terminado e outro começado junto das pessoas que realmente são sal da vida e me fazem cortar com a insipidez do Mundo que nos rodeia, com o qual parecemos estar linearmente de acordo, mas que nos escraviza e aprisiona, roubando-nos um dos bens mais preciosos - o tempo- Porque amanhã pode ser tarde de mais mas para sempre não é tempo de mais!
Começou 2010 e substituí os 12 desejos da meia-noite por um só que só por si condensa todos os outros que eu pudesse idealizar. Por isso, ao virar a página de 2009 e ao iniciar este novo capítulo devem as minhas palavras, acções e pensamentos convergir no sentido das energias positivas pois energias positivas atraem factos positivos. Para trás fica também um ciclo mas quero mesmo acreditar que "Nada se perde, tudo se transforma" e que tudo o que passou serve para gerar novas fontes de energia, aquela energia capaz de ser,como já dizia Kant, o motor imóvel, ou seja, aquele que move sem ser movido.
Viajando por tudo o que me move percebo claramente que é tempo de também eu mover, sem estar à espera das outras energias mas sim de empregar activamente a minha.
Não vou eleger pontos altos e baixos do ano anterior vou, apenas, usar aquele desejo que se tornou lugar de comum de idealizar que 2010 possa melhorar o que não correu bem no outro ano e que este seja seguramente muito positivo. Não só para mim e para os que amo, a todos!!! Feliz Ano Novo!!!
Até já...