terça-feira, 26 de abril de 2011

As palavras ficam...

"Se me disseres que me amas, acreditarei.
Mas se escreveres que me amas
acreditarei ainda mais.

Se me falares da tua saudade, entenderei,
Mas se me escreveres sobre ela
eu a sentirei junto contigo.

Se a tristeza vier consumir-te e me contares
eu saberei. mas se escreveres no papel
o seu peso será menor.

...e assim são as palavras escritas:
possuem um magnetismo especial, libertam,
acalentam, invocam emoções.

Elas possuem a capaciade
de em poucos minutos cruzar mares,
saltar montanhas, atravessar desertos intocáveis.

Muitas vezes, infelizmente, perde-se o Autor,
mas a mensagem sobrevive no tempo,
atravessando séculos e gerações.

Elas marcam um momento que será
eternamente revivido por todos aqueles que as lerem.

Viva o amor com palavras faladas e escritas,
mate saudades, peça perdão,
aproxime-se, recupere o tempo perdido.

Insinue-se, alegre alguém,
ofereça um simples "Bom dia",
faça um carinho especial.

Use a palavra a todo o instante, de todas as maneiras.
A sua força é imensurável.

Lembre-se sempre do poder das palavras.

Quem escreve constroi um castelo
e quem lê passa a habitá-lo."

(Autor desconhecido)

Lembre-se sempre do poder do silêncio... em silêncio rimos, choramos, amamos, respeitamos, acreditamos... muitas das maiores lições de vida são dadas e recebidas em silêncio porque, quantas vezes, não se torna ele a forma mais eloquente de comunicar???
Contudo, sou da velha guarda. Prefiro as palavras... Não deixo por dizer, o mau, mas principalmente o bom. Não existem limites para expressar, principalmente quando queremos expressar o que de bom nos habita e se refere a outrém... É bom demais partilhar a simplicidade das palavras mas nada melhor do que viver a grandeza dos momentos, sem falar, sem escrever, apenas absorver com o tacto cada letra que é dita nos nossos actos e cá dentro formar as palavras que traduzem esses momentos...
Uso a palavra, sem pudor, sem orgulho, sem medo... Prefiro-a ao silêncio que faz tudo parecer mais vazio, impessoal e, quantas vezes, uma maneira cobarde de usarmos as palavras...
As palavras, mesmo quando não as que desejamos ouvir, devem ser ditas a tempo e horas, não é "Um dia..." porque aí elas já ganharam a existência devida: chama-se cobardia e felizmente, para o bem ou para o mal, esta é uma das qualidades humanas que nos distingue: podermos usar a palavra...
Encontrei este texto por acaso, numa revista que já lera inúmeras vezes e já estava esquecida e nunca antes ele me despertara a atenção. Mas hoje...... tudo se resume a isto "Quem escreve constroi um castelo e quem lê passa a habitá-lo"... Até porque palavras eu uso muitas aqui no blog, mas escrever não escrevo para qualquer pessoa... só quem habita no castelo...
Até já...

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Pegadas na areia....




"Uma noite eu tive um sonho...

Sonhei que estava andando na praia
com o Senhor
e no céu passavam cenas de minha vida.
Para cada cena que passava,
percebi que eram deixados dois pares
de pegadas na areia:
um era meu e o outro do Senhor.
Quando a última cena da minha vida
passou diante de nós, olhei para trás,
para as pegadas na areia,
e notei que muitas vezes,
no caminho da minha vida,
havia apenas um par de pegadas na areia.
Notei também que isso aconteceu
nos momentos mais difíceis
e angustiantes da minha vida.
Isso aborreceu-me deveras
e perguntei então ao meu Senhor:
- Senhor, tu não me disseste que,
tendo eu resolvido te seguir,
tu andarias sempre comigo,
em todo o caminho?
Contudo, notei que durante
as maiores tribulações do meu viver,
havia apenas um par de pegadas na areia.
Não compreendo por que nas horas
em que eu mais necessitava de ti,
tu me deixaste sozinho.
O Senhor me respondeu:
- Meu querido filho.
Jamais te deixaria nas horas
de prova e de sofrimento.
Quando viste na areia,
apenas um par de pegadas,
eram as minhas.
Foi exatamente aí,
que te carreguei nos braços"

No areal nem sempre há marcas visíveis de que não caminhamos sós mas se prestarmos atenção às energias que nos guiam veremos certamente que várias vezes somos impelidos a caminhar para a direita, outras para a esquerda e vezes há em que andar para trás não se torna menos importante...
Torna-se importante termos consciência do campo de magnetismo até onde podemos ser atraídos para sabermos seguramente até onde vão as forças porque, às vezes, a lei da atração só por si é mais do que suficiente para nos fazer trilhar os caminhos sem termos que os pensar.
Acredito no par de pegadas seja no areal, no alcatrão, na calçada, no cimento, por onde quer que ande porque sei que há quem caminhe comigo, mesmo que não me peguem ao colo, até porque sabe tão melhor quando caminham a par... No entanto, como eu adoro pegar ao colo... mesmo quando já nenhuma força humana me acompanha mas se renova o ciclo de Fénix e me torno maior do que eu própria, capaz de condensar todas as canalizações num ponto convergente chamado Amor...
Até já....

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Man, I feel like a woman!

Várias vezes já aqui usei a eloquência do meu discurso para homenagear as mulheres, em especial as mulheres da minha vida, as que me acompanham desde 6/2/1981, as que foram chegando aos poucos, as que só agora conheci... Todas elas, as significativas, de uma forma ou de outra já aqui ou de qualquer outra forma me receberam agradecimentos pelo modo como mudaram o meu mundo.
Contudo, desde há alguns dias surgiu o vazio de nunca ter prestado a mesma e merecida homenagem aos homens da minha vida. Aqui englobo todos: o que me gerou e o que me criou e sempre amou porque são, sem dúvida, marcos incontornáveis na minha personalidade e a eles devo, literalmente, o que sou. Depois tenho que referir logo em segundo lugar os amigos, aqueles que gostam de mim quando acerto e quando erro, quando estou presente ou quando não dou notícias, quando rio e quando choro. Esses, sim, são pilares na minha vida e apesar de ser restrito o leque é abrangente o suficiente para me sentir privilegiada por serem as pessoas certas. Em seguida, os homens que amei, os que me amaram e aqueles em que foi possível acontecer ambas as coisas em simultâneo. Com todas as situações aprendi muito de mim, da essência do próximo mas, essencialmente, muito desse sentimento que comanda a vida e do qual nem toda a gente pode falar porque simplesmente não o conhece... Ouvir falar dele não nos faz conhecê-lo mas sim ter uma percepção...
Por último, àqueles homens que não serviram para nada a não ser para me orgulhar muito de ser mulher e, mais ainda, de saber ser uma mulher com cabeça, tronco e membros e a isso juntar um cérebro... Estes, se calhar, até deviam ter sido os primeiros da homenagem porque foram, sem dúvida, os que mais me lapidaram como diamante e apenas aperfeiçoaram aquilo que, só por si, já tem energia e grandeza sufciciente mas que pela forma tosca de ser pedra em bruto às vezes não nos apercebemos do potencial que ela encerra.
A homanagem subentendida tem, impreterivelmente, que ficar para o homem no qual vejo um espelho... Aquele para quem olho e me sinto identificada e reflectida...
Hoje é com reconhecido orgulho que a sonoridade "Man, I feel like a woman!" é uma melodia consistente e reflexo dos homens que hoemageei anteriormente e de todos aqueles que, não sendo citados, acabam por me fazer ver o valor de um homem na vida de uma mulher nos mais variados parâmetros, não porque precisemos deles para termos personalidade, mas sim porque só uma grande mulher mantém a sua personalidade independentemente do homem em questão: pai, irmão, amigo, marido, namorado, conhecido, desconhecido... O cerne deste homenagem acaba, no fundo, por ser às mulheres que são elas próprias seja com quem for...Por isso, aos homens da minha vida, sinto-me verdadeiramente MULHER!
Até já...