sexta-feira, 11 de junho de 2010

"O todo...."

"O todo é mais que a soma das partes..." Muito mais do que uma interpretação psicológica da afirmação é uma verdade que me merece uma reflexão realista e prática. Se pensarmos na vida como um todo parece fazer sentido concordar que o todo é muito mais que a soma da nossa parte física, social, pessoal e profissional mas sim a conjugação dessas partes com todos os factores externos que se tornam parte intínseca deste processo contínuo de construção de um todo, uma plenitude.
Conseguirá o ser humano alguma vez ser "um todo"? Não querendo parecer pessimista acho que é difícil, embora também possa encarar esta minha opinião como uma vontade de querermos sempre mais e melhor para nós, ambicionar chegar mais longe do que já chegámos ou simplesmente nunca estagnar na convicção de que já nos sentimos um todo.
Naturalmente seria mais confortável acreditar que alcançámos o conjunto idílico mas acredito que há sempre uma parte que está menos conseguida e que se reflecte na harmonia do conjunto. Pessoalmente tenho que me concentrar nas partes, elas têm urgentemente que ser bem conjecturadas de modo a que o todo possa um dia ser alcançado, não como uma projecção do que desejo mas sim como uma reflexão do que tenho. Às vezes o que temos pode até não ser o que gostaríamos mas pode bem ser um ponto de partida para novos rumos.
Sumariamente, tenho tido pouca energia para fazer da soma das partes o todo ideal mas sei com toda a convicção que me empenho em cada parte, que as vivo com a certeza de que temos que ser inteiros no que fazemos e de que às vezes temos mesmo que "fazer o que ainda não foi feito", sendo que somos nós os principais responsáveis por não corrermos riscos de fazer, de sentir, de viver.... Por agora vou-me agarrando à certeza de que caio várias vezes mas só isso me dá a certeza de que estou a caminhar, depressa, devagar....parar é que não porque eu acredito....
Até já...