sábado, 8 de janeiro de 2011

Desigual...

2011 ainda estava imaculado das minhas manchas de escrita mas claro que isso teria que ter os dias contados até porque, bem vistas as coisas, não foi por falta de tempo ou de assunto mas sim falta de vontade... resolvi postar hoje porque parece que as festividades finalmente já lá vão e assim já não corro o risco de dar por mim a ponderar se devia ou não tecer considerações para a mudança de ano... Ainda assim ponderei...
Optei por nada tecer como considerações ao ano que acaba, no sentido de não elaborar uma mítica listas de prós e contras. Acabou. A reter liçoes, as pela positiva e as pela negativa, todas elas foram sem dúvida muito importantes e ajudaram a que 31 de Dezembro tenha sido eleito como o dia em que me recusei a dizer "Ano Novo, Vida Nova". Não precisava de um ano novo, precisava, por vezes, de um espírito "novo" e para alcançá-lo o trabalho tem que ser diário...
Também não comi doze passas, não vesti cueca azul, não saltei da cadeira, não entrei com o pé direito em lado nenhum... Se o nível de sorte se medir mesmo por uma escala de superstições então posso dizer que estou abaixo da linha de água porque quebrei todos os protocolos para a noite de transição...
Não pedi doze desejos, não pedi um que seja, apenas me reciclei e vi que a maior parte do que podia desejar já tenho e apenas tenho que sobrevalorizar... havia de facto algumas arestas a limar comigo própria, acho que deixei ficar "quadrada" nalguns pensamentos e atitudes...
Não mudei no que sinto, por quem sinto, no que penso, em quem penso... Mudei no ter mais força de vontade e acima de tudo mais motivos para pensar em mim, mais vontade do que nunca de me realizar...
Claro que teve que haver desilusões, perceber que quem diz que está "sempre lá" a maior parte das vezes di-lo para ficar bem mas que as atitudes mostram o contrário (e esta chapada apanhei-a de alguém que cresceu a meu lado!), tive que digerir mais uma ceia de ironia e tive, principalmente, que perceber que estar sozinha é o contrário de estar acompanhada mas o pior de tudo é estar ausente de mim. Voltei a mim, depois de andar um pouco à deriva mas tenho finalmente cabeça, tronco e membros empenhados em fazer-me convergir para novos rumos, novas directrizes e de ser eu a procurá-las, ao invés de acreditar que vêm ter comigo...
Para trás fica mesmo o passado. Desse há que guardar o que é bom de guardar mas fazer delete a tudo o resto, está a consumir energias sem necessidade e finalmente percebi que a melhor energia com que posso contar é a minha... Só assim a do Universo acompanha a minha vontade....
Para terminar o primeiro post oficial do ano um grito surdo.... vou ser diferente ou desigual... não diferente dos outros, diferente de mim...
Até já...