sábado, 15 de janeiro de 2011

Pensar na primeira pessoa:EU!

Hoje foi dia... O primeiro de alguns... Foi um misto de emoções: ansiosa, expectante mas, acima de tudo, motivada para tentar desconstruir alguns aspectos de mim que de tão estruturais têm que desintegrar o puzzle que sou. O todo é, no entanto, bem mais do que a soma das partes, mas quando as partes têm arestas por limar elas não vão encaixar harmoniosamente e irão ser sempre pedras angulares a dificultarem a harmonia.
Posso dizer que, pela primeira vez na vida, não sinto necessidade de sonhar, sinto necessidade de viver para concretizar esses tais ideais que outrora chamaria de sonhos. Mas não o são, são metas que podem perfeitamente ser realidades se empregarmos nelas energia para saber reciclarmo-nos.
Não fiz promessas para o ano novo e acho que é isso que me tem dado tanto ímpeto para operar algumas mudanças que há algum tempo estavam guardadas em gavetas, não vou falar delas por antecipação porque apesar de não ser muito supersticiosa acredito na máxima de que energias positivas trazem energias positivas mas as negativas também trazem negativas...
Por agora o imperativo é definir prioridades. A primeira já está, sou eu, venha o que vier, mas nada será maior do que a minha alma... Seguem-se ponderações a nível profissional, a nível estrutural de vida e, o que mais delicado será, se vou mesmo ousar arriscar os desafios que têm sido equacionados, numa perspectiva de crescer como ser humano, profissional, mulher talvez, apesar de neste campo felizmente estar bem resolvida comigo por agora, tenho sido coerente com o que sinto e o que penso e organicamente isso tem imprimido em mim uma nova dinâmica para encarar as situações, aceitar que nem sempre podemos ter o que queremos, mas que nada me diminui, pelo contrário sinto-me grande por saber que não deixo por dizer, não deixo por fazer, não me deixo bloquear pelo medo de perder... Como hoje tive que ouvir, comecei a vida a perder aos 2 anos de idade, perder algo que não volta nunca e perder acontece mesmo quando temos medo. No entanto só perdemos o que temos...
Hoje foi delicado mas sei que os dias decorrentes serão ainda mais invasivos, há muito para "escavar",mas é com incontido orgulho que pela primeira vez desde há algum tempo penso na primeira pessoa:EU.
As duas primeiras decisões importantes do ano já estão em acção, agora é imperativo começar a resolver a primeira indecisão do ano pois ela vai ditar muitas outras decisões e em todas elas serei a autora, narradora participante e acima de tudo hei-de aplaudir-me de pé porque hei-de chegar onde só chega quem não tem medo de naufragar...
Ainda terei que enfrentar alguns "Adamastores" mas acredito que no fim me está reservado o Cabo da Boa Esperança...
Até já....